Começa julgamento de palmeirense acusado de matar corintiano em Itapevi

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A Justiça começou a julgar na tarde desta quarta-feira (23) Kaio Robério Gomes Barbosa, quinto e último palmeirense acusado de espancar e matar o corintiano Daniel Jones Veloso, o Dan Veloso, com golpes de barras de ferro na cabeça em 17 de setembro de 2016 em Itapevi.

Em 26 de janeiro deste ano, os outros quatro palmeirenses que também eram acusados pelo assassinato de Daniel Veloso foram julgados e condenados por homicídio qualificado por motivo torpe e emboscada. Os réus eram integrantes da Mancha Alviverde, principal torcida organizada do Palmeiras. A vítima tinha 22 anos e era membro da Gaviões da Fiel, maior torcida do Corinthians.

Daniel Cândido da Silva, Jose Alex Sandro da Silva Júnior, Jefferson Paulo da Silva e Wesley Ramos Dantas Lopes receberam, cada um deles, pena de 24 anos de prisão. Os quatro réus já respondiam presos ao processo e continuarão detidos para o cumprimento das penas.

O crime

De acordo com o Ministério Público (MP), Daniel Veloso foi vítima de uma emboscada durante briga de torcidas rivais. O corintiano foi atacado por um grupo de palmeirenses após voltar com a namorada de uma partida a que tinham ido assistir entre o Corinthians e o Palmeiras, na Arena Corinthians, em Itaquera, Zona Leste da capital.

Segundo a denúncia do MP, quando chegou em Itapevi, o casal foi cercado por palmeirenses armados com barras de ferro que haviam descido de um carro na Rua Angelo Piazzi.

Daniel Veloso falou para a namorada correr. Ele não conseguiu escapar e foi agredido com diversos golpes na cabeça. Os agressores fugiram no veículo. A vítima ainda foi socorrida com vida, levada ao Hospital Geral de Itapevi, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Quinto palmeirense

Kaio vai a júri popular nesta quarta também pelo homicídio de Daniel Veloso. Ele está preso preventivamente desde que o crime ocorreu. O processo contra ele foi separado dos outros quatro palmeirenses, no entanto, pelo juiz Udo Wolff Dick Appolo do Amaral.

O motivo foi o fato de sua defesa não ter conseguido participar do julgamento dos palmeirenses que ocorreu no mês passado no Fórum de Itapevi, já que seu advogado, Marcello Primo Muccio, teve Covid.

Já recuperado, Marcello confirmou presença no julgamento desta quarta ao lado do também advogado Damilton Oliveira na defesa de Kaio.

“A verdade virá à tona, ocasião em que restará devidamente comprovado, diante de tudo o que o processo criminal reuniu até o presente momento, que Kaio Robério Gomes Barbosa não matou, não participou nem concorreu para na prática delitiva que ceifou a vida da vítima”, disse Marcello ao g1.

g1 não conseguiu localizar as defesas dos demais acusados até a última atualização desta reportagem. O promotor Rafael Morais de Oliveira, responsável pela acusação contra os réus, também não foi encontrado.

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