Concessão da Globo

Colunistas Tony Auad

Hoje volto com a minha coluna após as férias e aproveito a oportunidade para desejar aos meus queridos leitores(as) e as respectivas diretorias dos inúmeros jornais que escrevo em todo o Brasil um excelente 2022 cheio de realizações com muita saúde e paz.

Inicio a minha coluna comentando que em 5 de outubro deste ano expira a atual concessão pública da TV Globo. A emissora já fez o pedido de renovação. Cabe ao Presidente da República Jair Messias Bolsonaro deliberar e, depois, o Congresso Nacional ratificar ou não a decisão.

 Caso o presidente renove, vai gerar um gigantesco desgaste em sua base de aliados políticos, eleitores, eleitores fiéis e seguidores nas redes sociais. Ele é hoje,o maior líder do movimento anti-Globo. Dar o aval à continuidade do canal (Globo) enfraqueceria severo apoiado por parcela relevante de telespectadores conservadores.

Na hipótese de não renovar, o presidente produzirá uma verdadeira novela política em Brasília, na qual será visto como um verdadeiro vilão. No panorama atual, sua decisãoseria rapidamente derrubada por Deputados e Senadores.

Sobraria a ele o peso de uma derrota vexatória contra o império de comunicação da família Marinho, às vésperas da eleição, o que para ele seria um ponto negativo. A lei de 2017 beneficia a emissora no caso se o presidente se abster para evitar o desgaste à sua imagem pública.

Existe uma alternativa ventilada nos corredores do poder: Bolsonaro simplesmente não decide. Ele não é obrigado a emitir o decreto sobre o processo de renovação da concessão dentro do prazo previsto. Neste caso o presidente evitaria o ônus inevitável seja qual for a sua decisão sobre a matéria.

Em ano eleitoral, políticos de todas as ideologias fogem de polêmicas que possam afetar os interesses partidários e tirar o foco do que mais desejam: Conquistar votos. Mexer com a Globo mobilizaria forças poderosas na cúpula dos demais poderes, além de provocar a reação ruidosa da imprensa e da  opinião pública. 

Como ficaria a situação da Globo na eventualidade do presidente Bolsonaro se abster em relação à concessão. Basta ler a lei 13,424 de março de 2017, sancionada pelo então presidente Michel Temer, que esclarece a questão . As emissoras de Rádio e TV poderão funcionar em caráter precário, caso o prazo de renovação tenha vencido, a Globo continuaria no ar com uma licença provisória.

Dessa forma o canal só teria o sinal interrompido se 2\5 do Congresso Nacional aprovasse uma suposta negativa do presidente Jair Messias Bolsonaro sobre a renovação. Possibilidade altamente improvável.

 Frase Final:   Feliz 2022 à todos    

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