Elas fazem a história esportiva da região

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Nesta sexta-feira, 8, é comemorado o Dia Internacional da Mulher. O Correio Paulista fez uma reunião de destaques esportivos femininos que passaram pela região, reunimos apenas alguns, que por algum motivo tiveram destaque na quadra, no campo, no tatame ou até mesmo na pista de dança.


 

No Dia Internacional da Mulher, cabe revisar as feras da região que superaram e que superam todas dificuldades e que, por isso mesmo, são referências. São nomes que engrandecem o esporte e que fazem história.

Greice Kerche

Nos anos 90 e bem antes do big-bang da internet, uma moça de cabelos curtos, bem loiros e repicados para cima chamava atenção. Na época, a grande agitação nas academias era a aeróbica e Greice Kerche bombava.
Morava em Osasco, era uma excelente bailarina que decidira migrar para a ginástica. Acontece que quando fez isso já passava dos 30 anos. Surpreendendo a todos, entrando e foi arrebatando títulos após títulos até ganhar destaque internacional num torneio na Alemanha.
Foi o passaporte dela para o Mundial dos EUA e com a moça de Osasco enfrentando concorrentes dos 17 aos 28 anos. Greice Kerche tinha 33 anos quando levantou o título de campeã mundial de aeróbica em 1993. No ano seguinte ela voltaria a surpreender com ouro no Mundial Coreia-Japão, e bicampeonato em 94.
Dois anos depois, Osasco daria início a um projeto espetacular com o basquete e o vôlei femininos do BCN. Com nomes consagrados de então, a quadra do Liberatão de Presidente Altino transformava-se numa vitrine de estrelas.

Jogadoras do Sollys Osasco que venceram várias competições

Em 1998, por exemplo, Magic Paula foi destaque na conquista do Mundial Interclubes quando o BCN bateu o esloveno Ruzomberok por 83 a 76 em Londrina; ela foi a cestinha com 22 pontos. Dois anos depois o Bradesco fechava o BCN para a entrada do Finasa.
Paralelo ao basquete feminino, as meninas do vôlei também arrebentavam por Osasco. O BCN emplacou vários títulos e seguiu na mesma pegada sob o Finasa. Com a extinção do basquete, o vôlei seguiu com Sollys, Molico, Nestlé e o atual Audax. Dessas camisas, holofotes para a da temporada 2012 que venceu tudo e mais um pouco, destaque para o Mundial de Clubes conquistado pelo Sollys no Qatar, 3 a 0 no Rabita Baku, do Azerbaijão.
Sheilla foi eleita a melhor jogadora, a central Thaísa levou o prêmio de melhor atacante, a ponteira Jaqueline foi a melhor na recepção e Camila Brait ganhou como melhor líbero. Das quatro, Sheilla e Jaque estão fora de quadra; Thaísa vai indo muito bem no Hinode Barueri e Brait segue jogando barbaridade no Osasco.
Das quadras para o campo de futebol, em 2016 a equipe feminina do Audax entraria em parceria com o Corinthians, dobradinha que renderia o título da Copa do Brasil na temporada seguinte, fechando com o título da Libertadores. O destaque naquela decisão em outubro de 2017 foi a goleira Lelê com duas defesas nas penalidades – no tempo regulamentar o Audax Corinthians ficou no zero a zero com o chileno Colo Colo.
Já na bola pesada, o destaque continua sendo o futsal feminino do Clube Atlético Taboão da Serra, campeão paulista 2018 e atual vice da Copa do Brasil. O legal desse projeto do Cats é o investimento forte não apenas na modalidade profissional mas nas categorias menores – trabalho que é referência em toda região.
Do espote coletivo para o individual, recentemente o boxe de Osasco surpreendeu na primeira edição feminina da Forja dos Campeões. O torneio é tradicional da Federação Paulista de Boxe mas, até então, só para os marmanjos. Nesse ano a entidade abriu para as meninas e na temporada de estreia deu Osasco medalha de ouro com a peso 49kg Elhen Taynara, atleta da Sou Boxe no CEU Camila Rossafa, Jardim Santa Maria. E tem mais pódio osasquense aí, medalha de bronze com Isabela Ribeiro na categoria 69kg.

Djefini Carvalho via disputar o mundial em 2019

Ainda na trocação e nas artes marciais, em Barueri está uma das karatecas mais demolidoras. Apenas 16 títulos brasileiros desde que iniciou com o kimono aos 10 aninhos. Desde então e até os 30 anos de agora, a galeria de troféus já não tem espaço. Djefini Carvalho é o nome implacável que mantém reinado absoluto do karatê shinkyokushin em toda América Latina.
Treinada pelo pai, mestre Denivaldo Carvalho, vive as artes marciais diariamente porque toda família é faixa-preta. Isso mesmo, pai, mãe e irmãos são lutadores. Mas Djefini é a que se empenhou mais nas competições, participando de Copas do Mundo e de Mundiais.
Agora, por exemplo, ela treina para mais um Campeonato Mundial. Em novembro, Djefini embarca novamente para Tóquio e em busca do pódio que lhe falta. Será o quarto e, possivelmente, o último Mundial para ela que estreou em 2007, voltando em 2011 e em 2015; em Copas, a atleta esteve na do Japão 2005, na da Rússia 2009 e na da Lituânia 2011.
Sensei Djefini classificou-se para o Mundial 2019 ao vencer o Sul-americano realizado no final do ano passado em Barueri. Ela é casada com Rafael Cardoso, também faixa-preta e competidor do shinkyokushin; os pais, mestre Denivaldo e mestra Dulce Nakao, babam pela netinha Zaira e, claro, o presente de nascimento foi um kimono.
E para fechar, nada de jogos ou lutas, mas de uma arte que levou Osasco para três títulos mundiais. A bailarina Isabel Consoli é a Bel da Cia. Panteras, de excelência em dança – os três títulos mundiais estão aí para comprovar.

Isabel Consoli é campeã mundial

Bel iniciou no balé sob mão forte da mãe Leninha e também por orientação de ortopedista para correção do pé. Era uma criancinha, mas assim que entrou na dança foi para valer. Ela segue bombando na arte e com vários profissionais que estão honrando o legado com títulos por aí.
Greice Kerche, Magic Paula, Thaísa, Elhen, Djefini, Bel Consoli…. nomes nesta matéria mas que abraçam todas mulheres do esporte e que fazem da vida um pódio sempre campeão.

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