Especial Osasco 58 anos: Humberto Parro (1983-1988)

Política

llOsasco não cabe em poucas palavras. A dimensão que alcançou desde os anos sessenta, após a autonomia, a coloca na vanguarda da imensa metrópole que é São Paulo.
Transformou-se, com muito trabalho do poder público e de seu povo, de um pequeno distrito da capital, nessa grande, poderosa e (cada vez mais) bonita cidade.
Hoje, todos nos orgulhamos da posição que Osasco ocupa na economia nacional. O sexto PIB do país, o segundo do estado, só ficamos atrás das cinco maiores capitais, incluindo Brasília.
O tamanho dessa cidade é resultado da migração de milhares de brasileiros vindos de cidades do interior do estado (caso da minha família) e de outros estados do Brasil, principalmente do Nordeste e Sudeste. E de estrangeiros de várias nacionalidades.
Acho fundamental ressaltar, além da economia, a produção social, cultural, política de nossa gente.
Esses imigrantes chegaram, se fixaram e construíram uma rede de organizações sociais, comunitárias, culturais que dão vida e revolucionam permanentemente a cidade.
Aqui surgiram, após a vitoriosa luta dos emancipadores, dezenas de sociedades amigos de bairro, reivindicando melhorias para a população, associações empresariais, de grupos de imigrantes, sindicatos de trabalhadores, cooperativas, grupos culturais, artistas de todas as artes etc. etc.
Parcela imensa da população milita em partidos políticos, contra o racismo, pela diversidade, em defesa de causas populares. Não nos esqueçamos dos grandes comícios das Diretas nos anos 80.
A história já registrou a importância da greve dos metalúrgicos em 1968, marco da resistência dos trabalhadores ao arrocho salarial e à luta pela redemocratização do país. Lembremos das lutas dos padres operários, do movimento ecumênico Cristãos Unidos contra o Desemprego.
Ainda nos anos sessenta, Osasco iniciou campanhas de alfabetização de adultos utilizando o método Paulo Freire, depois vieram os agentes comunitários de saúde e, mais tarde, as Mães Crecheiras.
E os inesquecíveis Festivais de Música, com artistas da cidade e região? E a Vila dos Artistas, no Jardim Cipava? E o pioneiro Teatro Núcleo Expressão? E nossos poetas, escritores, pintores, escultores?
Concluindo, acredito que temos possibilidade de avançar mais ainda, melhorando nossa qualidade de vida. E atingindo índices mais altos na saúde, educação, no cuidado com o meio ambiente, na distribuição da renda. Podemos construir relações democráticas mais respeitosas e tolerantes e ter uma cidade mais feliz.
Destaque maior, impossível.

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