Fernando Chucre: filho de Carapicuíba que é destaque no Estado de São Paulo

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Fernando Chucre é atualmente secretário estadual de Infraestrutura e Meio ambiente do governo Rodrigo Garcia. Mineiro de Itajubá, Fernando Chucre já foi deputado federal duas vezes por Carapicuíba, ele é filho do ex-prefeito Fuad Chucre. “Meu pai sempre pedia para trabalhar com ele na prefeitura, eu tinha minha empresa e dizia que não queria, ele me convenceu em 2001, tudo que tenho como referência política é o meu pai, eu não tive expectativa para entrar na política, meu pai disse que eu deveria experimentar o poder público, eu mudei minha vida totalmente quando entrei para política”.
Fernando ficou como suplente na eleição em 2002, no final da legislatura, ele assumiu a cadeira na Câmara Federal, depois ele emendou uma reeleição ficando seis anos como deputado.

A Câmara Federal é tudo aquilo que assistimos pela TV?
Lá nós temos dois mundos bem diferentes, tem o mundo da televisão que é aquele que aparece na televisão, é aquele deputado que faz o discurso, que bate boca, o Jair Bolsonaro é um exemplo disso, ele foi deputado comigo. E tem aquele grupo dos deputados que são os mais técnicos, aqueles que trabalham fortemente nas comissões, aqueles que discutem politicas públicas, eu fiquei neste mundo, não é um trabalho que aparece, mas é o mais produtivo. Gostei muito da experiência, você tem uma visão macro do Brasil, você conhece os problemas do seu país. Você entende as diferenças e a falta de capacidade de implantação das polítcas públicas.

Arquiteto e urbanista de profissão, Fernado sempre atuou em sua área, Fernando começou a ter várias atividades no governo de Geraldo Alckmin, foi da Emplasa (A Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano SA, secretário de Habitação do Dória, Secretário de Planejamento do prefeito Bruno Covas. Com tantos cargos, qual seria ou é o maior desafio da sua carreira?
Foi ser secretário de Habitação da Prefeitura de São Paulo, imagina uma cidade que tem 1370 favelas, mais de 1700 áreas de risco, ocorreram fatos como o incêndio e queda do prédio Wilson Paes de Almeida deixou 7 mortos e 2 desaparecidos no dia 1º de maio de 2018 no Centro de SP , fizemos uma PPP da habitação para construção de mais de 30 mil unidades habitacionais. Foi desafiador na ótica de mudar o modelo de produção, nós acrescentamos um novo modelo e aumentamos a produção e pudemos atender mais pessoas.

Falta empenho em resolver os problemas da habitação, por exemplo, falta de vontade política?
Nós temos um déficit habitacional na cidade de São Paulo, são mais de 550 mil famílias sem casa, para resolver esse problema levaríamos 100 anos, importante lembrar que não poderia crescer nenhuma família a mais, nesse número para resolvermos em 100 anos. É um conjunto de coisas, não é só investimento público, é necessário o privado, esse é um problema não só da capital, mas de toda a região metropolitana, as pessoas não estão seguindo mais para a periferia da capital, estão migrando para a região metropolitana, Cotia e Carapicuíba são bem penalizadas por causa do déficit habitacional da capital. Habitação é uma questão para se resolver a longo prazo e precisa de um investimento muito pesado.
Nós damos a verdadeira importância ao assunto meio ambiente?
Não, foi praticado um desmonte do sistema ambiental como um todo, é grave do ponto de vista federal. No estado de São Paulo temos um sistema bastante estruturado, temos os parques urbanos por exemplo, são 17 atualmente, passamos por concessões, entregamos à inicitaiva privada alguns espaços, entre eles o Parque Villa lobos, a iniciativa privada fará investimentos nesses parques, as empresas fizeram pagamento de outorga e com isso conseguimos fazer investimentos em alguns parques menores do estado, inclusive temos um exemplo aqui em Carapicuiba, o Parque Gabriel Chucre, que recebeu investimento dessas outorgas. Temos o Refloresta que quer recuperar até 2030, 1,5 milhão de hectares, parte será feito pelo poder público e a outra parte por proprietários rurais. Estamos recuperando as nascentes, o Rio Pinheiros é um exemplo, fizemos mais de 650 mil ligações de esgoto, entregamos em 3,5 anos uma cidade do tamanho de Porto Alegre em canalização. Assinamos com o BID para fazer a recuperação das nascentes do Rio Tietê, a Sabesp vem aperfeiçoando os sistemas de esgoto, inclusive em favelas. Vamos usar a tecnologia do Rio Pinheiros no Rio Tietê. Esperamos nos próximos 4 anos ter um resultado bem interessante no Rio Tietê.

E para a região o que podemos esperar?
A intervenção no Tietê terá um grande impacto aqui na região, o investimento é feito lá no Alto Tietê, mas temos que discutir o investimento aqui nesta área, estamos discutindo parques lineares. Estive no Cioeste (Consórcio Municipal), para discutir os investimentos em resíduos sólidos, como por exemplo a construção de uma usina para atender os municípios, temos a parte de saneamento, temos o desassoreamento de alguns córregos, temos a limpeza dos piscinões e licitação de novos piscinões. Ribeirão Vermelho, Cadaval são obras na região que farão a diferença.

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