Talita Andrade tem 24 anos, nascida em Itapevi, começou a trabalhar aos 15 anos, aos 18, teve seu primeiro filho. “A partir daí, abri mão da minha vida profissional para me dedicar ao meu filho, no final de 2018 numa conversa com uma amiga fotógrafa, me despertou um interesse em tentar a profissão. Eu queria ajudar mulheres a descobrir sua sensualidade e transformar sua auto-estima. Eu já tive depressão (pós parto) e isso é muito comum no meio da maternidade.”
Em um mês após ter se interessado na profissão, ela comprou uma câmera profissional e uma amiga topou modelar para seu primeiro ensaio sensual. “Tive a mentoria da minha amiga Roberta Reis que me apoiou desde o início.”
E as histórias de elevação da autoestima através do trabalho de Talita começaram a aparecer. “Tive uma cliente plus size, de 50 anos, que após fazer o ensaio iniciou uma dieta e exercícios físicos, porque achou importante para perder peso. Encontrei recentemente com ela, após 3 meses do ensaio, e ela já tinha perdido 20kg (se não me engano). É muito bom saber que meu trabalho pode incentivar as mulheres a buscarem o melhor pra elas.”
O ensaio sensual é um trabalho artístico que potencializa a sensualidade do olhar, da expressão facial e do corpo em geral. O ensaio tem a função de revelar a beleza, a sensualidade e o poder de sedução de cada mulher, independente do seu peso e idade.
A maioria das mulheres que procuram Talita estão com crise no casamento, com esperança de que as fotos possam dar um novo olhar ao parceiro sobre ela. “Há também mulheres que estão pensando em si mesmas, independente se tem parceiro ou não, a maioria são mães que querem se redescobrir depois do furacão chamado maternidade.”
De acordo com Talita, as mulheres ainda têm muito preconceito com o próprio corpo. “Elas não se vêem como mulheres sensuais, estão sempre colocando observações dos defeitos que tem e o trabalho/desafio que elas acham que vão me dar no ensaio.”

A profissional da fotografia aprende a cada ensaio com suas clientes. “Me identifico com muitas situações que elas passam/passaram, e isso faz com que eu seja privilegiada de poder aconselhar e ser aconselhada. Sinto que ali, naquele período e local onde ela confiou no meu trabalho, podemos falar abertamente sobre o que quisermos. Eu gosto de me conectar com as histórias, dar risada, elogiar, xingar junto com elas, brincar.