Ainda lembro daquele dia que despertei naquele banco sujo do Centro de São Paulo. O dia ainda estava em suas primeiras horas, porém, aqueles cidadãos vorazes por mais, pareciam nem se importar. Eram os viciados pela nova droga que dominara o centro e migrava sem pedágio rumo as periferias, o Crase.
O Crase, nascera da mistura de sinais enigmáticos da nossa língua portuguesa, e como representava o encontro de dois as num só, fez a cabeça de todos, sepultando uma outra moda, fumada em outros tempos escuros em cachimbos com x. E lá andavam e dialogavam os dependentes do Crase. Consumindo livros, letras, páginas de revistas e bulas de remédios. Se divertiam ao depararem com outros sinais da dependência, o agudo, o circunflexo, o ponto final, etc… Quando encontravam um hífen, era só gozação. Logo surgiam as piadas, tipo “não Trema, consuma Crase”… Bons tempos aqueles… muitos aprenderam com o Crase, voltar à família, retornar às origens, refletir às suplicas, e viver sem interrogação. E São Paulo foi Feliz….(Poesia Periférica, Ale Frassini)
Até a Próxima, Gente!!!
cade os anuncios de vendas bota fora,ou classificados da edição atual de 25 de janeiro de 2024?