Jovem de 22 anos morre após o parto em São Roque e família registra boletim de ocorrência

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Com informações do São Roque Notícias

Gabriely Gonsalves da Costa, de 22 anos, faleceu após o parto que foi realizado na tarde deste domingo, 10, no Hospital Unimed em São Roque (SP). A família registrou um boletim de ocorrência na delegacia da cidade e quer uma investigação policial para saber o que aconteceu durante o parto. Segundo divulgado no registro policial elaborado como “morte suspeita”. A família de Gaby, como era mais conhecida, contou que a jovem deu entrada na unidade às 7h da manhã deste domingo e às 8h15 foi internada em um quarto para a indução do parto.

Ela ficou lá até às 11h com monitoramento eletrônico e sendo acompanhada pela médica responsável, a mesma que também acompanhou o pré-natal da gestante. Após às 11h, segundo o companheiro de Gaby, que estava no quarto, ela entrou em trabalho de parto e a médica foi acionada para dar andamento ao parto normal.

Os trabalhos continuaram e, segundo o pai da criança, às 13h36 a bolsa rompeu e foi constatado mecônio no líquido amniótico, porém, segundo a médica, a situação seria normal. Sendo assim, a equipe de saúde deu continuidade à indução do parto aguardando até o momento propício da dilatação que ocorreu às 15h. Nesse momento a médica informou ao homem que os batimentos da criança estavam bem. 

A jovem foi então levada ao centro cirúrgico. O marido informou que às 15h10 a criança nasceu  sem a presença de um anestesista, que chegou depois. Ainda segundo ele, o bebê precisou ser reanimado assim que nasceu, pois não estava respirando. Os procedimentos duraram 15 minutos. Na sequência, a criança foi encaminhada à UTI Neonatal onde passou a respirar por aparelhos.

Já a mãe, foi encaminhada ao quarto às 15h20 e estava lúcida. A criança passou por exames cardiológicos, e foi verificado que os batimentos cardíacos estavam normalizados, mas com a ajuda de aparelhos. Ainda segundo o pai da criança, 20 minutos depois, após às 15h40, a sua companheira estava ficando pálida e solicitou a enfermagem.

Às 17h20, dois médicos a examinaram e em seguida a levaram do quarto, mas voltaram 20 minutos depois. Segundo o jovem, pelo menos quatro médicos e equipe de enfermagem se revezavam alternadamente no quarto para examinar a paciente.

Todos foram questionados pela família sobre o sangramento excessivo da jovem, mas os profissionais responderam que seria normal por causa do parto. O companheiro disse que recebeu a informação que o exame de placenta havia sido realizado e foi feito ponto no útero. Disse também que às 17h40 ela recebia soro quando a médica relatou que iria ministrar uma bolsa de sangue. Três bolsas de sangue foram utilizadas.

Ele relatou que entre 19h10 e 20h recebeu a informação de um médico que ela não corria risco, porém, em seguida, foi conduzida para o centro cirúrgico para fazer curetagem e não retornou mais. O companheiro relatou que permaneceu na porta do centro cirúrgico até às 23h20 sem receber informações, quando uma médica o informou que ela havia falecido, e que a morte teria acontecido por causa de uma “perfuração” no útero, ou seja, uma ruptura que pode ter provocado o sangramento.

Disse também que a mesma médica pediu para que a família retornasse na manhã desta segunda-feira, 11, para a liberação do corpo. Eles foram ao hospital pela manhã e conversaram com a assistente social que informou que o corpo seria encaminhado para o SVO.

Diante da situação, os familiares se encaminharam para a Delegacia de São Roque para o registro da ocorrência onde requerem apuração da causa da morte. A Polícia Civil solicitou à família a ficha clínica da paciente contendo todo o histórico de procedimentos realizados na unidade. A Polícia Civil também informou os peritos do Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba para onde o corpo foi encaminhado para exames necroscópico. A criança continua na UTI.

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