Juliana Alves: osasquense faz sucesso no basquete americano

Esportes

Juliana Cristina Alves Ribeiro, tem 22 anos, mede 1,86, calça tênis tamanho 42, durante muito tempo morou no Jardim Bela Vista em Osasco, mas há pelo menos dois anos, a jovem que é ala pivô está jogando basquete nos Estados Unidos. Uma carreira brilhante que se inicia, mas que ela e sua mãe, sua fiel amiga, sabem bem o que aconteceu para que a jogadora chegasse neste estágio.
Ela começou a jogar aos oito anos nas categorias de base do vôlei do Bradesco em Osasco, mas em pouco tempo, foi transferida para o basquete. “Eu fiquei lá dos 9 aos 19 anos. Ganhei títulos como os Jogos da Juventude e a terceira colocação nos Jogos Regionais. No último ano de Bradesco, eu fui indicada para jogar em uma Universidade dos Estados Unidos.”

A união da filha e da mãe ajudou bastante a atleta romper os desafios da sua vida

A jovem conseguiu uma bolsa de estudos no Wyoming. “Lá eu treinei, pouco tempo, pois rompi os ligamentos. Depois fui para Northwest College. Onde estudo e jogo até hoje.”
Juliana conta que deixar a família no Brasil foi muito difícil. “Fiquei um ano sem minha mãe, não falava nada de inglês, morei a vida inteira em Osasco, e sair daqui e ir para um local totalmente desconhecido. É difícil. Eu não entendia o que as pessoas falavam, eu só respondia com a mão, positivo ou negativo.”
No futuro, Juliana quer levar a mãe Andreia Aparecida Alves para os Estados Unidos. “Lá eu tenho oportunidades de jogar e estudar, a vida lá é melhor, tem muitas mais oportunidades.”
Ela pretende se formar em medicina. “Eu quero ser médica, pois vejo minha família doente e eles têm muita dificuldade para conseguir tratamento aqui”.
Se tem uma pessoa que a jovem atleta se espelha é a sua mãe, Andreia. “Para mim é gratificante ver a minha filha alcançar o sucesso, sou muito fã dela. Acompanho ela em tudo”, diz mãe orgulhosa
A alegria no rosto das duas, dá espaço para a emoção quando o assunto são as dificuldades no passado. “Ela só tinha um par de tênis para treinar, uma vez, ela deu um pique, e o solado do tênis saiu, ela veio para casa com o tênis na mão.” A atleta emocionada completa. “Acordava cedo, eu ia para treino embaixo de chuva. Foi muito difícil, pegava ônibus lotado, muitas vezes treinava com fome. Eu olho para trás e vejo que venci.”
Apesar de todas as dificuldades, Andreia diz que sua filha é vitoriosa pois ela passou todas as dificuldades possíveis e venceu. “Eu sempre estive ao lado dela, a família é muito importante para superar essas dificuldades, ela aprendeu muito.” Juliana é filha única, e a Andreia foi mãe e pai da jovem, a amizade e companheirismo das duas é algo que chama a atenção de quem conhece a família. “Quando ela foi para os Estados Unidos, eu perdi 5 quilos, foi difícil ela ir, mas se ela continuasse aqui, eu não conseguiria dar o que ela tem lá.” Andreia foi mais além para ajudar o sonho de sua filha para conseguir comprar as passagens e o passaporte para jogar e estudar em solo americano, ela começou a fazer bolachas doces para vender nas ruas. “Eu saia às 6h e voltava às 11h, vendendo as bolachas para conseguir o dinheiro. Eu me vejo nela, ela é uma guerreira.” “Ela é minha rainha”, finaliza a jovem jogadora osasquense.

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