Domingo passado teve o Sul-americano de Maratonas em Assunção, chance de ouro para Wellington Cipó ir ao pódio e, de quebra, cravar índice para os Jogos Olímpicos de Tóquio.
Nada disso, planejamento de volta à passada zero porque o atleta de Santana de Parnaíba conseguiu cumprir apenas 15 dos 42k. Cipó não suportou a pressão no joelho e pediu para sair e deixou a pista muito frustrado.
E agora? Fisioterapia e olho na agenda, pois o relógio é o adversário da hora. O Comitê Olímpico do Brasil tem dois atletas com índices para Tóquio e resta uma vaga. Como Cipó não vingou no Paraguai, a Confederação Brasileira deve realizar uma prova doméstica para fechar essa conta no limiar do prazo olímpico, próximo dia 30.
Ainda não há divulgação oficial mas deverá ser no Rio de Janeiro. Antes disso, Cipó tem agenda no próximo dia 16 e o leitor do Correio Paulista sabe disso: é a Maratona de Milão.
Cipó está na lista de participantes, mas não sabe se arruma as malas – tudo vai depender do quadro clínico do Brasil. “Pode ser que a gente compre passagem só na véspera”, comenta o maratonista.
Então, com a Itália na incerteza, a chance real dele para buscar o sonhado índice olímpico é o ainda não oficializado Brasileiro de Maratona no final do mês.
Agora 3º sargento da Aeronáutica, Cipó cuida do joelho para estar em ponto de bala e cravar o terceiro nome na lista para Tóquio – o Brasil tem Paulo Roberto e Daniel Chaves.
A melhor marca do maratonista de Santana de Parnaíba crava 2h13min34 e ele precisa baixar para 2h11min30 que é o índice olímpico. No campo que vem cumprindo desde março do ano passado, Cipó se espelha em provas na Europa – todo planejamento em função do clima de lá.
Acabou indo para o Paraguai e, não podendo mesmo embarcar para Milão, terá o Rio de Janeiro que também está longe do padrão europeu. Assim, o maratonista conta poucos dias para colocar o joelho em ordem e refazer toda estratégia de treinos. Ele não se ilude e trabalha dentro dessa realidade – que está mesmo numa corrida contra o tempo.