Contando as camisas que já passaram pelo vôlei de Osasco: BCN, Finasa, Sollys, Molico, Nestlé e, agora, Audax com Bradesco e outras marcas. Vários nomes, mas para uma única torcida que desde o primeiro saque vem colada na equipe – e lá se vão longos anos de arquibancadas. Inajara do Prado Martinho, corintiano fervoroso e um dos fundadores da Gaviões da Fiel, teve a ideia de levar para o vôlei a estrutura de uma organizada. Começou com cerca de 30 torcedores, mas logo viu o número se multiplicar jogo a jogo. “Não pensei que fosse chegar a esse ponto”, comenta Inajara, que hoje comemora a Loucos de Osasco com fãs até em outros países. “No Brasil, nós somos os maiores como torcida apaixonada e, também, como organizada. Não temos como contar quantos loucos somos”, completa.
Aos 70 anos, ele tem nos olhos o mesmo brilho de quando iniciava nas arquibancadas do Liberatão de Presidente Altino com o BCN. “Mas tenho parceiros que me ajudam nessa batalha”, disse ao apontar para Felipe Piacente, Cristina Domingues (a Tina) e Moema Souza que são alguns dos mais loucos.
Hoje mesmo tem Osasco contra o Sesi Bauru e, no começo da tarde, a torcida segue de busão fretado para o Panela de Pressão – jogo valendo a sétima rodada do nacional às 21h30. Lembrando, o time osasquense amargou a primeira derrota na etapa anterior, dia 29, 3 a 2 para o Sesc Rio em pleno Liberatão.
A loucura dessa torcida com longos anos de Osasco, tem agora um marco inédito e não apenas para o vôlei brasileiro – a Loucos é a primeira organizada com bandeirão como no futebol. Bolado por Felipe Piacente, a estreia do mascote Tass em versão gigante (7x70m) foi no clássico contra o Rio. Ao som do batuque e num jogo de luzes, eis o bandeirão içado para fazer toda diferença num grande espetáculo.
Depois de hoje em Bauru, a equipe osasquense cumpre mais uma rodada fora, dia 12 contra o Flamengo; na seguinte, dia 21 e fechando o ano para Osasco, clássico contra o Praia Clube em casa. “O bandeirão vai estar presente”, avisa Felipe. “E a Loucos vai de torcida natalina no Liberatão”, crava Inajara Martinho. (M.S.)
Como faço para adquirir uma bandeira do osasco