Atletas e equipes da região desde o início do blecaute
Do atletismo ao vôlei, da ginástica ao basquete, das lutas ao futebol. Sim, a região tem um leque espetacular que movimenta o calendário esportivo ano a ano E no final de 2019, naturalmente que as expectativas para o ano novo eram as melhores. Afinal, ano olímpico.
Mas chegaria o coronavírus para evoluir de surto a uma pandemia monstruosa. Diante disso, falência múltipla do esporte a partir da segunda semana de janeiro quando vários eventos eram transferidos da Ásia e, então, cancelados.
No Brasil, o calendário esportivo do vírus marca especialmente 19 de março com a Confederação Brasileira de Vôlei decidindo cancelar tudo. De lá para este 30 de abril são 43 dias com paralisação em escala, todas modalidades – ginásios em silêncio, estádios vazios, tatames sem suor, ringues sem jabs, piscinas à deriva, centros esportivos para ninguém…
Sim, a pandemia segue furiosa por todo país e o esporte ainda não tem data para voltar. Certo, quando essa volta acontecer será adaptada às normas de saúde porque o risco continua. Então, como atletas e equipes estão passando por esse deserto?
Na segunda semana de janeiro o esporte já sentia o perigo e com o boxe – o Pré-Olímpico aconteceria justamente em Wuhan, onde o vírus barbarizava. A partir daí, diversas competições na China foram sendo remarcadas para outros países. Nesse ínterim, o Brasil assistia de camarote e curtia a folia do carnaval enquanto o esporte já passava por drama mundial; e junto com as águas de março chegaria o colapso com as grandes confederações olímpicas suspendendo tudo.
A Europa adota restrições duras já na segunda semana e, então, o supremo futebol é atingindo igualmente e começa a se fechar. Já entramos na segunda quinzena de março e o Brasil acorda para a tragédia anunciada – federações começam a adiar jogos, partidas com estádios isolados…
Deixando o futebol e indo para a ginástica, cabe citar Vivi Oda que é a maior medalhista de Osasco. Em março ela estava em Portugal para o Internacional de Ginástica Rítmica de Lisboa, mas um dia antes da estreia ela vê o governo anunciando fechamento de tudo e colocando Portugal em isolamento. Vivi voltaria para casa e onde segue em reclusão com treinamentos online quatro horas por dia. O semestre está descartado e a menina mantém os treinos pensando na segunda metade do ano.
Indo para o garrafão, o Basket Osasco vinha se preparando para o Campeonato Brasileiro desde o final de 2019. Segue o apronto durante todo mês março, até receber ultimato da Confederação Brasileira – temporada cancelada. A partir daí, o maior desafio da diretoria continua sendo segurar a cesta para salvar o ano. A boa notícia para o basquete é que a confederação está garantindo o Campeonato Brasileiro. Portanto, o jogo segue para a Coruja de Osasco.
A região tem grandes atletas de lutas, todos igualmente sem temporada e treinando isoladamente para quando as confederações receberem sinal verde. Mas é lógico, treinar luta sem contato é um castigo para quem é da trocação ou do chão. E esse castigo ganha mais impacto ao escalar o alto rendimento – olha o Brasil sendo sacudido pela tragédia ao ver a Confederação Brasileira de Vôlei cancelar a Superliga B e a Superliga, ação que seria copiada por outras modalidades. O fim da Superliga B atingiu o Bradesco Osasco e, na elite do nacional, o São Paulo Barueri e o Osasco Audax.
Deixando a quadra para as ruas do atletismo, a modalidade já estava com as passadas contadas com vários eventos sendo cancelados e não demoraria para isso pesar sobre dois feras da região e que treinavam forte pelo índice olímpico: Wellington Cipó e Vagner Noronha – Santana de Parnaíba e Osasco. Cipó é o terceiro melhor maratonista do ranking brasileiro, Vagner é o sétimo. Os dois teriam maratonas na Europa neste mês e com Tóquio 20 como pano de fundo. Mas o cenário é outro, o atletismo fechou o ano de vez e tudo está lançado para 2021.
E quanto ao rico futebol, seguem dispensados o Grêmio Esportivo Osasco na Série A3, o Audax na Série A2 e o Oeste Barueri no Paulistão. A Federação Paulista já conversou sobre o retorno da bola mas avisando que não garante nada – tudo à mercê da pandemia. E se o Campeonato Paulista voltar, será com jogos fechados.
E para fechar esse jogo com a pandemia dando de goleada, tem o xeque-mate esportivo em 24 de março, quando o Comitê Olímpico Internacional decide se curvar e adiar os Jogos Olímpicos para 2021
Muito bom seu artigo e obrigado pelas dicas