Uma mentira contada várias vezes se torna verdade. E parece que esse é o caso de Maria da Penha, a mulher que deu origem a uma das leis mais importantes do Brasil, mas que parece que tudo não passou de uma maldosa vingança pessoal impulsionada por uma traição.
Estou falando de uma situação grave, polêmica e bastante delicada. Principalmente porque sei que este assunto vai render muitas críticas, como sempre acontece aqui na coluna quando eu abordo temas em defesa das mulheres. No entanto, hoje, não é bem isso…
A ideia desta coluna é promover reflexão e conscientização do poder que temos para destruir a vida alheia, já que nem todos os atos, têm consequências.
Para recordar, em 1983 Maria da Penha acusou o marido por tentativa de homicídio, e relatou diversas violências domésticas, tanto que ficou tetraplégica após tomar um tiro na coluna, que segundo ela, foi disparado pelo marido. Essa história ganhou repercussão nacional e internacional, e que rende até hoje, principalmente por ter motivado a criação da Lei Maria da Penha, que visa proteger mulheres de Violência entre parceiros.
Há 30 anos, a versão do marido acusado vem sendo ocultada e descartada da mídia, como se não houvesse necessidade do outro lado da história. O mesmo, senhor Marco Antônio Heredia, vem incansavelmente escrevendo livros (mais de 20 livros publicados) narrando sua versão da história. Ele pagou pelo crime judicialmente, perdeu a convivência com suas filhas, além de prejuízos financeiros e morais.
Curiosamente, nos últimos meses, vem sendo realizadas e divulgadas diversas análises de inquéritos, entrevistas e informações sobre a famosa Maria da Penha, onde mostram pontas soltas, incoerências e inverdades, ou melhor, invenções nos fatos e acontecimentos. Supostamente motivada por raiva pela infidelidade do marido.
Nos últimos 30 anos, a mais famosa história de violência doméstica contada pela “vítima” parecia revoltante e absurda. Entretanto, a verdade está se mostrando e desmascarando uma série de incompetências e jogadas do poder judiciário.
Jamais levantaria um tema do qual eu não tivesse experiência para argumentar. Eu convivi com uma pessoa mentirosa e dissimulada, que agredia os parceiros e depois se agredia para acusá-los e intimidá-los. É uma situação difícil de acreditar e muito fácil de comprar por olhares inocentes. É como diz o ditado, “todo dia sai de casa um esperto e um trouxa”. A pessoa que é capaz de fazer isso sabe com quem pode ou não fazer.
A lei Maria da Penha completou dezessete anos em 2023 e salvou muitas mulheres, mas também desprotegeu outras tantas, graças as brechas e burocracias encontradas nas delegacias.
Recebo muitos pedidos de ajuda nas minhas redes sociais, em decorrência de situações que eu vivi e expus em prol de libertação. Porque a mente de uma mulher que vive uma relação abusiva é adoecida e aprisionada no medo, desesperança e julgamentos. A sociedade não acolhe e nem auxilia vítimas de violência, muito pelo contrário, afunda ainda mais essas mulheres, invalidando suas capacidades e enaltecendo suas fraquezas.
É triste saber que a lei anda sendo usada de forma leviana por mulheres sem escrúpulos, como ferramenta de vingança para atingir homens perante seus filhos. Isso pode ter um resultado satisfatório para elas, porém, pode matar outras mulheres, pela possibilidade de se tornar uma lei ainda mais burocrática para filtrar verdades de mentiras, o que demanda tempo… e às vezes, para uma mulher, mais tempo para averiguações, pode ser tarde demais.