fonte: G1
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), defendeu, no início da tarde desta segunda (17), a ação do policial civil que atirou durante um bloco de carnaval na Zona Sul da capital paulista, no final da tarde deste domingo (16), após tentativa de assalto.
Cinco pessoas foram atingidas pelos disparos, sendo que duas delas ficaram feridas possivelmente por balas perdidas. Dois suspeitos foram presos.
“Um policial não é só policial quando está fardado, ele é policial por opção, por determinação e treinamento. Então ele está em ação. Quero registrar que neste fato não houve nenhuma morte, nenhum ferimento grave, e os bandidos foram presos, ou seja, o policial agiu como deveria ter agido para proteger as pessoas”, disse Doria.
Ao lado do general João Camilo de Campos, que comanda a secretaria de Segurança Pública do estado,Doria disse que o caso está sendo acompanhado pela corregedoria.
“Agora está na corregedoria, evidentemente que a polícia de São Paulo tem muito zelo na análise de qualquer circunstância que envolva o uso de armamento por parte de policiais”, disse Doria.
“O inquérito está em curso. A Corregedoria da Polícia Civil, que é muito boa, está acompanhando esse processo, então vamos deixar que o inquérito transcorra”, completou Camilo.
Confusão em bloco
A confusão teria começado por volta das 17h30, quando um grupo que fazia arrastão teria tentado roubar a corrente do policial que participava de um bloco na Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini.
No momento do tiroteio, o bloco Chá de Alice tinha acabado de desfilar e o bloco Só Track Boa estava desfilando.
Jonathan Rangel Teixeira Pereira, de 19 anos, foi preso por resistência e lesão corporal. Ele foi baleado e levado a um em São Paulo, mas recebeu alta ainda na noite de domingo (16).
Segundo o pai do detido, Jonathan é estudante de biotecnologia, mora em Sumaré, no interior do estado, e veio para a capital para o pré-carnaval.
Além de Jonathan, outro jovem foi preso por suspeita de roubo e associação criminosa. Ele não ficou ferido. Os dois devem passar por uma audiência de custódia na tarde desta segunda (17).
Segundo a Polícia Civil, os três homens baleados fazem parte da quadrilha. Um deles, de 19 anos, morador de Osasco, segue internado na Santa Casa de Santo Amaro. Ele foi atingido nas pernas e a bala ainda segue alojada.
Também já recebeu alta uma mulher de 25 anos que teve ferimentos na perna direita. Ela mora em Jundiaí e foi liberada para retornar à cidade.
Ainda há informações sobre uma menina que teria sido atingida pelos disparos. Ela está internada no Hospital das Clínicas, mas fora de risco.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o policial civil reagiu e disparou contra um homem.
Entre os feridos estão duas mulheres que brincavam no carnaval de rua. Um vídeo feito com a câmera de um celular mostra vítimas baleadas caídas no chão e sendo atendidas.
De acordo com a investigação, teria ocorrido um tiroteio. A suposta arma utilizada pelos criminosos, porém, não foi localizada.
O caso foi registrado no 27° DP, mas será investigado pelo 96° DP e pela Corregedoria das Polícias.