MP consegue afastamento de guarda civil denunciado por tortura em Jandira

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Justiça acata denúncia do Ministério Público e suspende agente de suas funções

Na última quarta-feira (8/10), a 2ª Vara da Comarca de Jandira, na Grande São Paulo, aceitou denúncia formal do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) contra um guarda civil municipal acusado de tortura. Com a decisão, o agente foi afastado cautelarmente de suas funções e teve o porte de arma suspenso.

Acusação inclui agressões e ameaças durante abordagem

De acordo com o promotor Diego Goulart, responsável pelo caso, o guarda — que estava fardado e em serviço — agrediu e ameaçou pelo menos cinco cidadãos que já estavam rendidos durante uma abordagem, configurando crime de tortura praticado por agente público.

O episódio foi registrado em vídeo amplamente divulgado pela imprensa, com os atos confirmados por provas técnicas, declarações da corporação e documentos do procedimento administrativo disciplinar instaurado.

Além do acusado principal, outros integrantes da corporação também participaram da ação e são citados no processo.

Medidas cautelares para proteger vítimas e garantir a investigação

O afastamento do guarda visa a:

  • Preservar a ordem pública
  • Impedir a reiteração de condutas criminosas
  • Garantir a segurança de vítimas e testemunhas
  • Assegurar o andamento adequado do processo judicial

Segundo o Ministério Público, a medida é essencial para evitar intimidações e viabilizar a responsabilização do agente público envolvido.

MP pede perda de cargo e interdição em caso de condenação

Além da denúncia criminal, o Ministério Público requereu que, em caso de condenação, o guarda:

  • Perca definitivamente o cargo público
  • Fique interditado para exercer função pública por período equivalente ao dobro da pena aplicada

Contexto do caso

A denúncia foi apresentada pelo MPSP com base na Lei de Tortura (Lei nº 9.455/1997), que prevê sanções rigorosas a agentes públicos que abusam de autoridade. O caso segue agora para instrução processual, onde vítimas e testemunhas serão ouvidas.

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