Nas olimpíadas da vida, somos todos medalha de ouro

Destaque Geral

Por: Ataíde Teruel

Assim como toda a população brasileira, acompanhei com muita emoção as performances das equipes brasileiras nesta olimpíada e torci muito para que os atletas e as equipes que nos representaram na Olimpíada de Tóquio trouxessem mais medalhas para nosso País. Garra, superação, foco, espírito de equipe e respeito aos adversários estiveram presentes em todas as competições. Com 21 medalhas o Brasil ficou em 12º lugar no ranking mundial e registro aqui meus parabéns a todos os atletas e equipes que subiram aos pódios. 

Mas não podemos nos esquecer de homenagear aqueles que, apesar do treinamento, esforços e competitividade, não conseguiram realizar seus sonhos de conseguir uma classificação. É exatamente para os atletas que não alcançaram os pódios de ouro, prata ou bronze, que voltaram para suas famílias e seus lares sem medalhas em suas bagagens, que dirijo essa mensagem. 

Vocês me fazem lembrar os milhões de brasileiros e brasileiras, de todas as profissões, que diariamente, sete dias por semana, 365 dias ao ano competem com garra e coragem no dia a dia de suas profissões, numa interminável olimpíada de vida, onde medalhas de ouro deveriam ser os resultados de seus esforços, trabalho e dedicação. 

Médicos, enfermeiras, bombeiros, soldados se superam dia e noite, para atender e salvar vidas. Motoristas, carregadores, pedreiros, engenheiros, jornalistas, comerciantes, enfim, todos em suas profissões são atletas olímpicos. Com tenacidade e ambição se preparam, treinam, lutam para atuar em sua melhor performance, muitas vezes sacrificando suas próprias vidas, esquecendo seus próprios problemas e encarando desafios aparentemente intransponíveis. 

Quando um bebê vem ao mundo trazido por uma equipe médica, essa é uma medalha de ouro! Quando um motorista desliga seu veículo ao final de uma cansativa jornada, após enfrentar mil obstáculos em longas estradas ou em um trânsito caótico, merece uma medalha de ouro! Quando um pedreiro finaliza uma coluna de concreto, que vai sustentar um edifício, isso é uma medalha de ouro. Quando uma mãe chega em casa, depois de um dia exaustivo de trabalho e ainda tem que cuidar das tarefas domésticas, vale medalha de ouro!

Eu poderia enumerar centenas, milhares de exemplos de medalhas de ouro que cada um de nós, seja qual for sua profissão, merece no final de cada dia, de cada tarefa cumprida, de cada missão.  

Será que esses homens e mulheres fizeram apenas o seu trabalho, sua obrigação? A resposta é não. A força de vontade e a garra que cada profissional coloca em seus esforços somente é percebida por aqueles que estão próximos ou, muitas vezes, nem é notada ou reconhecida. Quantos garçons vemos equilibrando pratos e copos em uma bandeja, muitas vezes durante toda noite, sem deixar cair? Quantas ambulâncias passam velozmente por nós, em manobras arriscadas, para poder salvar um paciente? Quantos aviões decolam e aterrissam em todo o mundo sem acidentes? Quantas vezes chamamos com urgência um encanador, eletricista ou mecânico para nos ajudar e eles resolveram nosso problema? 

A palavra mágica para cada atleta olímpico, que se aplica a cada um de nós, é superação! Assim, finalizo esta homenagem a todos os nossos atletas e equipes olímpicas, mas, também e principalmente aos milhões de brasileiros e brasileiras que, incógnitos, encaram diariamente o dia a dia das olimpíadas da vida. 

Vocês são as verdadeiras medalhas de ouro de nosso País. 

*Deputado Estadual Ataide Teruel

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