O que nos faz crescer? Erros, acertos, conselhos…
Posso dizer que aprendemos muito mais com erros do que com acertos. Conselho é um consolo, e as vezes até uma irritação, que nos dá uma referência, mas não uma base, principalmente para pessoas teimosas (me assumo aqui).
Uma coisa interessante que eu tinha o hábito de fazer comigo, era me definir. Me descrever como perfil fixo de pessoa imutável. “Eu sou assim, eu não sei isso, eu não faço aquilo”.
Mas espere aí, como podemos decretar uma personalidade, perfil ou seja lá o que somos, se a cada dia lidamos com uma coisa diferente e isso nos marca de forma desigual ao dia anterior?
E os tombos que a vida nos dá? E os erros que você cometeu e sabe o motivo de os cometerem. Vai repeti-los, porque você é a mesma versão? E os acertos, as conquistas, você conseguiu e isso te fez maior. Mas não grande o bastante, como será mais a frente.
Como pode se definir a mesma esposa de um próximo casamento, se no passado você chorava e se sentia frágil e agora você tem como essência prosperidade e confiança?
Não faça isso com a sua luta. Não diminua suas dores e batalhas, por ter medo de escancarar sua nova versão. Tudo que declarou no passado não era lei. Tudo bem mudar de ideia, de estilo, de fala. Tudo bem desgostar, ou passar a gostar. Tudo bem desistir daquilo que prometeu eternidade, já que hoje é pequeno demais para o seu imenso objetivo. Você é uma construção, e nesta pode haver demolição de paredes e cômodos, pra reerguer novas estruturas.
Não leve seu passado como regra. Ele é somente uma base de aprendizados, composto por erros e acertos. Os erros sempre serão importantes para o resultado, mas não tem de serem fantasmas. Os acertos são para lembrar que sua coragem e intuição estavam corretas, mas que também, estrategicamente, não é garantia de acertar novamente. Porque assim como você muda, as circunstâncias seguem o mesmo percurso.
Suas versões podem (e devem) ter atualizações. Não se conforme com a sua zona de conforto. Busque o difícil, o trabalhoso.
Tudo muda! Seja pra melhor ou pior. O importante é se encontrar, se identificar e expandir. Mas que seja, sempre, para o bem e pro bom.
Pra finalizar, uma frase bastante valiosa, do Walt Disney: “Eu gosto do impossível, porque lá, a concorrência é menor.”