Terminei a coluna anterior dizendo que a separação pode ser a busca da felicidade para o casal, no entanto, isso não acontece para as crianças que costumam sofrer muito com a separação dos pais. Para elas a separação indica perdas e até o sentimento de abandono. Disse também que é fundamental amparar e acolher os filhos nesse momento tão difícil para todos. Em continuação a este assunto tão importante vamos a mais algumas reflexões.
Sustentar um casamento dá uma trabalheira enorme e exige uma flexibilidade imensa. É certo que ninguém que sonhou e viveu o casamento o faz com a intenção de se separar, mas infelizmente isso pode acontecer com qualquer casal. E a partir do momento que você decide não alimentar mais uma relação que não faz bem a você e à sua família, é preciso saber como lidar com esse momento delicado de mudanças nos laços.
É normal se sentir triste. Geralmente, numa separação sempre um lado é mais atingido. Mesmo que não haja mais sentimentos entre o casal, a mudança da rotina, da casa e da organização familiar é dolorosa. O momento de separação pode evidenciar todas as discordâncias entre o casal.
Mas, e quanto aos filhos? Como se sentem? Quais as reações?
Há uma grande necessidade de voltar o olhar aos filhos, pois, serão os mais afetados em meio à turbulência, e podem reagir de diversas formas. Mudanças de comportamento são os primeiros sinais de que estão sofrendo. E alguns deles podem estar relacionados a baixo rendimento escolar, rebeldia, isolamento, hábitos alimentares anormais, entre tantos outros comportamentos.
O que pode ser feito para tentar amenizar o sofrimento dos filhos?
Muitos casais em fase de separação usam os filhos como troféu, espada e escudo na tentavativa de ferir a outra parte. É compreensível que ainda haja magoas e dor em meio a separação, mas é crucial que os filhos estejam acima desses sentimentos. Por mais difícil e feridos que as partes estejam é necessário deixar o orgulho de lado e tentar de forma pacifica conviver. É primordial pensar no bem-estar dos filhos e principalmente na saúde emocional dos pequenos. Colocar os filhos em primeiro lugar pode ser o maior gesto de amor.
As crianças precisam que os pais tomem decisões baseadas em seu crescimento e para isso o diálogo fará toda a diferença na hora de escolher a melhor escola, passeios, acompanhamentos psicológicos, guarda compartilhada, pediatra e etc.. Se a criança estiver em tratamento médico por exemplo é necessário que os pais se atentem em dar continuidade ao tratamento para que a criança cresça de forma saudável.
Por fim, eu poderia dar milhares de exemplos, mas creio que deu para entender que os filhos estão acima dos nossos caprichos e desejos. Eles são as partes que mais interessam em nossas vidas e que precisam e merecem toda a nossa atenção, amor e cuidados. Por isso, independente da fase que esteja passando na sua vida lembre-se que a única coisa que seus filhos esperam dos pais, é que os ame! Tenha um dia abençoado.