Em Osasco, o número de atendimentos na área da saúde aumentou em 2021, em relação ao ano anterior. Isso é o que mostrou a Audiência Pública de prestação de contas da Secretaria de Saúde, realizada na noite da última sexta-feira (25), na Câmara Municipal de Osasco.
A apresentação, que atende à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), trouxe os dados de arrecadação de recursos e execução de despesas referentes ao 3º quadrimestre de 2021. O público pôde encaminhar perguntas via internet.
Convocada pela Comissão de Saúde e Assistência Social da Câmara, a audiência foi conduzida pelo vereador Michel Figueredo (Patriota), que preside a comissão, e secretariada pela vereadora Cristiane Celegato (Republicanos). Também participaram do encontro técnicos da Secretaria de Saúde, representantes do Poder Executivo, além dos vereadores Ana Paula Rossi (PL), Batista Comunidade (Avante), Délbio Teruel (DEM), Ralfi Silva (Republicanos), Joel Nunes (Republicanos) e Zé Carlos Santa Maria (Patriota).
A secretária-adjunta de Saúde do município, Suzete Souza Franco, representou o secretário Fernando Machado Oliveira. Ela reforçou o trabalho de parceria entre o Executivo e o Legislativo para garantir a aprovação de recursos aplicados no enfrentamento à pandemia de Covid-19.
“Posso dizer que todos os vereadores envolvidos nessa causa entenderam a necessidade de estar prontos para essa batalha. O sucesso nesse enfrentamento se deve a todos”, disse.
Atendimentos
Dividida em três partes, a apresentação da Secretaria de Saúde trouxe dados sobre o montante investido, fontes de recursos aplicados, assim como as auditorias, ofertas e produção de serviços realizadas no período de setembro a dezembro de 2021.
A gerente do Fundo Municipal de Saúde, Cíntia Cristina Cardoso, fez a introdução dos trabalhos. Em seguida, o contador da pasta, Robério Gonçalves de Freitas, apresentou os dados fiscais.
Os detalhes técnicos da apresentação ficaram a cargo do representante da Vigilância Epidemiológica de Osasco, o enfermeiro-sanitarista Satiro Márcio Júnior. De acordo com o profissional, o número de consultas, atendimentos e acompanhamentos aumentou 28% em relação ao ano passado, pulando de 4 milhões para 5,3 milhões.
Em relação ao diagnóstico laboratorial clínico, houve aumento de 15%. Enquanto em 2020 a cidade realizou 3,1 milhões de exames, esse número aumentou para 3,6 em 2021. Somente na atenção primária (primeiro nível de atenção à saúde) foram coletados 2,5 milhões de exames laboratoriais.
Satiro destacou também a redução da fila de espera para a realização de exames de imagem, como mamografia, ultrassom, raio-x e tomografia. “Em 2021, foram realizados mais de 1.777 exames. Em dois anos conseguimos praticamente zerar a fila, passando para 893 pacientes”, disse. De acordo com ele, a fila de espera em 2019 era de mais de 63 mil exames.
O enfermeiro Satiro reforçou a tendência de queda nos índices de mortalidade infantil. “Hoje a gente possui, por dois anos consecutivos, o indicador abaixo de duas casas decimais”, comemorou. Se, no ano 2000, esse índice era de 18,97 a cada mil crianças, em 2021 o indicador fechou em 9,1 e tem se mentido abaixo dos dois dígitos desde o ano passado.
Covid-19
Outra ação enfatizada na apresentação foi o enfrentamento à Covid-19. De acordo com o enfermeiro, Osasco tem conseguido manter o atendimento assistencial, conforme a necessidade. Isso se deve à estratégia de enfrentamento da doença, com foco em um plano hospitalar que permitiu a expansão e redução de leitos de acordo com a necessidade.
Outro fator importante tem sido a cobertura vacinal. Até o último dia 18 de fevereiro, Osasco aplicou 1,5 milhão de doses do imunizante. A cobertura da primeira dose é de 100%. Em relação à segunda dose, o percentual cai para 84,4% da população e, para a terceira, a cobertura é de 45,23%.
Questionamentos
O vereador Ralfi Silva elogiou o trabalho da vigilância epidemiológica, principalmente no que diz respeito à vacinação. No entanto, denunciou problemas no atendimento da Maternidade Amador Aguiar e relatou a ocorrência da morte de uma mãe e de um feto no local. O parlamentar também relatou problemas na distribuição de medicamentos da rede de saúde e deficiências na estrutura física do CAPS Álcool e Drogas.
A secretária-adjunta atribuiu os problemas na maternidade Amador Aguiar às obras de reforma no local, que acontecem de maneira escalonada. Em relação à ocorrência de morte, ela afirmou que o caso está sob investigação.
Suzete adiantou que o CAPS Álcool e Drogas deve passar por reforma e informou que a distribuição de medicamentos atende a cronogramas estabelecidos pelos fornecedores. Ela colocou os equipamentos púbicos de saúde à disposição dos vereadores para a realização de visitas de fiscalização.