PMs Afastados por Agredir Mulher e Filho em Barueri Retornam à Atividade

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Onze dos 12 policiais militares afastados após agredirem uma mulher de 63 anos e aplicarem um golpe de mata-leão no filho dela, em Barueri (Grande São Paulo), retornaram às atividades. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), que informou que apenas um policial permanece afastado, sob investigação da Corregedoria da Polícia Militar.

Detalhes do Caso de Abuso de Autoridade em Barueri

O incidente ocorreu em dezembro do ano passado, quando Matheus Higino Lima Silva (18 anos) e Juarez Higino Lima Junior (39 anos) foram abordados por policiais na Rua Mar Negro, em Barueri. A abordagem se deu após a motocicleta dos envolvidos estar com a documentação atrasada, e os agentes tentavam apreender o veículo.

Quando a abordagem foi iniciada, pai e filho resistiram e correram para dentro de uma garagem. De acordo com a versão da PM, os dois teriam xingado os policiais. No entanto, após o reforço policial, a situação escalou rapidamente, com os agentes entrando no imóvel e utilizando cassetetes contra os familiares.

Golpe de Mata-Leão e Agressão a Idosa

Durante a confusão, um dos policiais aplicou um golpe de mata-leão em Juarez, uma técnica proibida pela Polícia Militar desde 2020. Além disso, Lenilda Messias Santos Lima, mãe de Juarez, foi agredida fisicamente, sendo empurrada e chutada. As imagens do incidente mostram a idosa sangrando e sendo arrastada pelos policiais, o que gerou grande repercussão.

Ferimentos e Consequências Legais

Em decorrência das agressões, Juarez, Matheus e Lenilda foram levados ao Pronto Socorro Central de Barueri (Sameb) e, posteriormente, encaminhados à Delegacia de Polícia de Barueri. O caso foi registrado como desacato, resistência, lesão corporal e abuso de autoridade.

Justificativa dos Policiais e Defesa da Polícia Militar

Os policiais envolvidos no incidente justificaram sua entrada na residência e o uso da força devido ao flagrante de desacato cometido por Matheus, alegando que ele teria ofendido os agentes. A Secretaria de Segurança Pública enfatizou, em nota, que a Polícia Militar não tolera desvios de conduta e que os envolvidos seriam punidos conforme as normas da corporação.

O Retorno dos Policiais e a Repercussão do Caso

Apesar da gravidade das acusações, 11 dos 12 policiais militares afastados foram retornaram ao serviço após a conclusão da apuração preliminar, com um único agente permanecendo afastado. A situação gerou forte reação da sociedade e das autoridades, que esperam uma investigação detalhada e punição exemplar aos responsáveis.

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