A Polícia Civil, através do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), nesta quinta-feira (1º), apoiou o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de São Paulo, nos trabalhos da segunda fase da “Operação Monte Cristo”, deflagrada com o objetivo de aprofundar as investigações sobre um suposto esquema de fraudes fiscais, sonegação e lavagem de dinheiro que envolve cinco grandes distribuidoras de medicamentos e redes de farmácias.
Durante o desenvolvimento dos trabalhos, os agentes cumpriram 88 de mandados de busca e apreensão. As respectivas ordens judiciais têm como alvo empresas e residências de pessoas ligadas ao esquema, que tem ramificações em Goiás e em Minas Gerais. No estado paulista, além da Grande São Paulo, as buscas também foram realizadas em Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Bauru, Piracicaba e Campinas.
O esquema era baseado no repasse do pagamento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) a empresas de fachada ou que não tinham como arcar com os tributos. Assim, tanto os produtores dos medicamentos como os vendedores ficavam livres da obrigação fiscal, além de dificultar a fiscalização sobre o delito.
Em um dos locais-alvo, os investigadores encontraram um armário com R$ 8 milhões em dinheiro. O gaveteiro foi encontrado na casa de um dos suspeitos, em Santana de Parnaíba. Ele é sócio de uma rede varejista de remédios.
Na casa de um outro alvo, os investigadores encontraram R$ 200 mil escondidos em sacos de lixo. O montante teria sido descartado após a chegada dos policiais.
No total, os investigadores apreenderam, documentos diversos, celulares, computadores, notebooks, dispositivos móveis de armazenamento (Pendrives), Hd externos e cartões de memória e aproximadamente R$10 milhões de reais em espécie.
As investigações prosseguem com o objetivo de identificar e prender outros integrantes da organização criminosa.