A polícia prendeu na última quinta-feira (19), um guarda civil metropolitano de Jandira, na Grande São Paulo. Ele é um dos cinco alvos de uma operação que investiga o assassinato do ex-vereador Reginaldo Camilo dos Santos, conhecido como Zezinho do PT. O crime aconteceu em outubro de 2022, quando Zezinho foi morto em uma emboscada.
Um informante denunciou o envolvimento do secretário de Segurança Pública de Jandira e de guardas civis do município com um grupo de extermínio. A operação, que reuniu 80 policiais, cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da Guarda Civil Municipal e nas casas dos suspeitos.
Três guardas civis são investigados pelo assassinato de Zezinho: Maurício Gusmão dos Santos, subcomandante da GCM, Diniz dos Santos Reis e Claudio Marques dos Santos. Claudio foi preso em flagrante após a polícia encontrar uma grande quantidade de drogas em seu armário, na sede da Guarda Civil. Além disso, foram apreendidos uma arma, munição e um cofre trancado. Os telefones celulares dos suspeitos também foram recolhidos.
A investigação começou após o depoimento de um preso que revelou detalhes sobre o plano para matar Zezinho. Ele foi ouvido e indicou os executores e o mandante do crime. O secretário de Segurança de Jandira, Ricardo Antunes, está sendo investigado sob suspeita de que guardas civis da cidade integrem um grupo de extermínio.
Em um dos depoimentos, o informante descreveu os assassinos: “São dois guardas, um branquinho, careca, e o outro moreninho, que parece índio. Eles andam de moto e se encontravam bebendo fardados. Um deles é um dos policiais que mais mata em Jandira”.
O preso, que cumpre pena por roubo, foi transferido para uma penitenciária mantida em sigilo. A morte de Zezinho é mais um episódio de violência na história de Jandira. Em 2010, o prefeito Braz Paschoalin foi executado em frente a uma emissora de rádio, e os tiros foram ouvidos ao vivo durante uma transmissão.
O advogado Luiz Eduardo Greenhalgh acompanha as investigações em nome da família do ex-vereador. Segundo ele, Zezinho era “um vereador correto e honesto, que denunciava falcatruas em um município onde o crime organizado tem raízes profundas.” A investigação sobre a morte de Zezinho corre em segredo de justiça.
Com informações do SBT News