Estudo feito pela Ituran Brasil mostra que casos dispararam nos bairros de Santana (140%) e Vila Mariana (93%) na capital; Osasco, com alta de 57%, sobe da 5ª para 2ª posição entre cidades com maior índice na RMSP
Os roubos e furtos de motos dispararam na Região Metropolitana de São Paulo nos cinco primeiros meses de 2023. Com uma alta de 29% em relação ao mesmo período do ano passado, o volume de ocorrências chegou a 12.531 unidades, considerando todas as cilindradas, segundo levantamento realizado pela Ituran Brasil, a partir de dados apurados na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e validados com informações da empresa líder em monitoramento de veículos (tabelas no final do texto).
Apenas na capital paulista, foram registrados 7.868 roubos e furtos, um avanço de 36% na comparação com 2022. “O bairro de Santana, Zona Norte, que estava em 14º no ranking de janeiro a maio de 2022, teve aumento expressivo, de 140%, passando para o 2º lugar em 2023. Em 2022, foram 87 casos; neste ano, são 209. O mesmo aconteceu para a Vila Mariana, que teve 103 casos em 2022, e subiu para 201 em 2023, um aumento de 95%. Com isso, o bairro passou da 8ª posição para 3º no ranking”, detalha Fernando Correia, coordenador de operações da Ituran Brasil.
Considerando os municípios da Região Metropolitana de São Paulo, a capital continua sendo a líder em ocorrências, mas o cenário mudou para Osasco, que passou de 5º para 2º colocado no ranking. O número de casos na cidade em relação a 2022 saltou 57%, para 596 em 2023. “O lugar preferido para os ladrões de moto em Osasco é a região central, onde 97% dos casos são furtos. Em 2022, foram 63 ocorrências no centro da cidade; já em 2023, são 115, um aumento de 82,5%”, destaca Correia.
Yamaha Fazer é 2ª mais visada
A Honda CG 160 segue na liderança do ranking de modelos mais visados pelos criminosos na RMSP. De janeiro a maio deste ano, o número de casos subiu 44%, para 4.047, na comparação com 2022. Somando os modelos 125cc, 150cc e 160cc da marca, foram 5.113 unidades roubadas/furtadas, um crescimento de 35,1%.
Segundo o coordenador de operações da Ituran, merece destaque alteração no ranking da Yamaha Fazer 250, que passou a ser a 2ª moto mais roubada/furtada (677 casos), com crescimento de 21% em relação a 2022. “Outra moto que chamou bastante a atenção dos bandidos nesse período de 2023 foi a Yamaha XTZ 250 Lander, que teve um aumento de 124% no número de crimes, passando de 168 casos em 2022 para 376 neste período de 2023”, acrescenta.