Eu gosto de escrever sobre a musica de Osasco. Não faço isso com a frequencia que deveria, confesso. Mas não deixo de homenagear umas e outras, de vez em quando. E vou fazendo isso aos poucos, com leveza e sem prometer nada a ninguém. Conheço muito bem os artistas dessa querida Osasco e sei que o ego e o ciumes artistico aqui é tão gigante quanto o talento. Então vamos devagar.
Esses dias tive o prazer de estar num show, após muitos anos, de uma banda que sempre gostei e fazia tempo que não assistia. Me deu uma alegria vê-los novamente, com a mesma energia, um trabalho magnifico, cheio de nuances, ritmos e a qualidade musical de sempre. Estou falando da banda Subtotal.
Formada no início dos anos oitenta, durante os efervescentes festivais estudantis, a banda Subtotal surgiu em um período em que o rock nacional estava em plena ascensão. No entanto, ao contrário do que muitos poderiam imaginar, o grupo não seguiu a corrente predominante da época. As influências que moldaram o som do Subtotal eram diversas e inesperadas, indo além do rock e incorporando elementos da Tropicália, da Bossa Nova e até mesmo do cenário underground paulistano.
Com inspiração em artistas como Itamar Assumpção, Arrigo Barnabé e a turma do grupo Rumo, o Subtotal foi além da música, buscando referências na poesia e na atitude irreverente desses movimentos. A originalidade do grupo os diferenciou no cenário musical, criando um som e uma estética próprios, que transcenderam as amarras de um único gênero.
Apesar das reestruturações que marcaram a história do grupo, como o falecimento do baixista e co-fundador Gilberto Campos em 2016, o Subtotal seguiu em frente. Com uma nova formação, incluindo Drausio Silva, Douglas Silva, Marco Soledade (Pepito), Jurah Dianin, Rey Bass e André Piovan, a banda manteve sua essência criativa, sempre aberta a novas sonoridades e experimentações.
Atualmente, com Kadu Cohim no contrabaixo, substituindo Rey Bass, que se mudou para o Paraná, o Subtotal continua sua jornada, trazendo uma fusão de ritmos que vai do rock ao baião, passando pelo funk e reggae. A banda segue fiel ao seu nome: uma conta sempre aberta, sem necessidade de fechar o total. No mundo do Subtotal, a música continua sendo uma celebração da liberdade artística.
Foi uma grande alegria estar presente naquela tarde de domingo, sentindo a energia e dançando ao som de queridos amigos que seguem nessa luta musical, numa cidade que desvaloriza seus artistas constantemente.
Viva a Musica Autoral. Viva Subtotal!
Até a próxima pessoal!!!