Vôlei profissional pode voltar com núcleos de base em Osasco, diz secretário Rodolfo Cara

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Não tem como falar dese assunto sem antes voltar no tempo. Décadas atrás, Osasco era uma forja de talentos com o vôlei feminino profissional (e basquete feminino) assinando vários núcleos para todas categorias de base – projeto de sucesso com as camisas do BCN, depois Finasa. Certo, agora estamos em 2009 e com a diretoria do Bradesco anunciando o fim da parceria. Sim, fim não apenas das escolinhas mas do projeto como um todo – é o fim do vôlei profissional. A essa altura do campeonato, os núcleos de base de Osasco eram um tremendo sucesso. Esse investimento nas bases vinha da camisa anterior, BCN, também sob assinatura do Bradesco. Parceria sólida com a prefeitura, dava estrutura para a Secretaria de Esporte lançar os núcleos de formação. Pronto, Osasco passava a desafiar o sonho de meninas de todo País. As bases do BCN bombaram de tal forma que o clube precisou contratar uma empresa para dar conta da demanda.

Recuando mais no tempo, em 1999 o projeto não era apenas para o vôlei feminino, também para o basquete. Sim, Osasco tinha as duas equipes profissionais arrebentando e com grandes estrelas. Então, natural a busca por chances nessas camisas – em cada peneirão do BCN, por exemplo, não menos que 1.500 meninas em busca desse sonho.  

Lembrando, era 1996 quando o BCN chegou em Osasco – Celso Giglio era o prefeito, José Carlos dos Santos o secretário de Esporte; no comando técnico do vôlei feminino, Cacá Bizzocchi, tendo no elenco estrelas como Márcia Fu, Ana Cláudia, Bia, Andréia Marras, Ângela; depois viriam Ana Moser, a americana Danielle Scott, a jovem ponteira Jaqueline… Avançando para 2001, quem assume o comando? O hoje super consagrado José Roberto Guimarães. Além de montar um timaço, continuou reforçando as escolinhas de base.

No entanto, no ano seguinte haveria profunda mexida estrutural com o fim do BCN, mas sem pânico porque o patrocinador segue firme e forte, muda apenas o nome da camisa – o Bradesco lança o Finasa e com a meninada das bases vendo Paula Pequeno, Fernanda Venturini, Valeskinha. José Roberto ficaria até 2005 e sem tirar os olhos das categorias menores. Paulo Cocco que hoje faz sucesso no Praia Clube, assumiu o comando e promoveu a mineirinha Adenízia, juvenil que despontava no Liberatão de Presidente Altino. Por fim, no ano seguinte chegaria Luizomar de Moura e que continua no comando do projeto. Ele traz a ponteira Natália, essa mesma que hoje arrebenta no vôlei mundial; mais tarde reforçaria com Carol Albuquerque, Paula Pequeno, Thaísa e Sassá, então campeãs olímpicas em Pequim. Mais adiante, em 2008, Camila Brait.

E o Finasa ficaria até o ano seguinte por conta de desistência do Bradesco como patrocinador. Quando o vôlei se recuperou da tragédia com a chegada do Sollys em setembro de 2009, foi apenas com o vôlei profissional porque o basquete já era; mas o Bradesco levava as duas bases para o centro de formação inaugurado em 2010 no Jardim Cipava, zona Sul de Osasco. Portanto, Osasco não tinha mais os núcleos. Contando os anos, desde 2009 que o vôlei profissional está sem trabalho de base. 

Ufa! Agora cabe avançar no tempo para tratar do título desta matéria. Nesta semana a reportagem do Correio Paulista conversou com Rodolfo Cara, secretário de Esporte de Osasco e ouviu a deixa que justifica tudo o que foi dito até agora – que o projeto campeão das escolinhas de base será apresentado ao técnico Luizomar de Moura para ser retomado. “Quero muito que os núcleos do vôlei profissional voltem. O Luizomar é um estudioso das categorias de base e formador de talentos. Tenho certeza que ele irá assinar o projeto”, cravou o secretário. Ainda sobre a ação do banco enquanto parceiro da Serel como BCN e Finasa, eram mais de 4 mil meninas (em todas categorias de base) nas escolinhas de vôlei e de basquete nos 81 núcleos por toda Osasco – o secretário Rodolfo Cara aposta no resgate dessa parceria de sucesso. Para fechar, todo mundo sabe que o Bradesco está de volta à camisa do vôlei profissional.

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