TV Gazeta

Colunistas Tony Auad

Hoje inicio a minha coluna comentando a ineficiência da TV Gazeta de São Paulo, que nunca conseguiu ter uma programação competitiva no mercado, mesmo sendo uma Fundação. O que não dá para entender, é que quando uma emissora ganha uma concessão tem obrigatoriedade de oferecer uma grade de programação aos seus telespectadores, mas não é isso que acontece com a emissora da Av. Paulista.


Tanto é verdade, que sem muito alarde, a Igreja Universal do Reino de Deus fechou um investimento massivo na TV Gazeta de São Paulo. Desde a semana passada a instituição religiosa liderada por Edir Macedo passou a ocupar quase todo o horário nobre da emissora que pertence à Fundação Cásper Líbero. A Iurd, já ocupava a faixa das 20h às 22h. Agora, está no ar entre 20h e 2h.
O valor pago é de R $1,2 milhão por mês, com um contrato válido até o fim de 2023, renovável automaticamente por mais um ano, caso ambas as partes concordem. Ou seja, a TV Gazeta de São Paulo vai faturar pelo menos 14,4 milhões. Se cumprir algumas metas de investimento como expansão de sinal e de audiência, a TV Paulista poderá receber 15 milhões até dezembro deste ano.
A negociação começou no fim do ano passado e foi uma ideia levada pela própria igreja, que tinha interesse em suprir a falta da Rede 21, de propriedade da Rede Bandeirantes de Televisão. Por causa de uma briga judicial, a IURD (Igreja Universal do Reino de Deus) saiu do canal UHF do Grupo de Johnny Saad e procurava um espaço para ocupar.


No caso da TV Gazeta de São Paulo, dois fatores ajudaram. O primeiro deles é que desde a saída de Ronnie Von da emissora em 2019, a faixa das 22h à meia noite exibia o “Gazetashopping”, atração de televendas que expõe pequenas empresas. Com isso, era fácil uma negociação já que o faturamento não era interessante.


O segundo é a ótima relação da Igreja Universal com a Gazeta de São Paulo. Desde 2003, a instituição religiosa ocupava duas horas do horário nobre da emissora paulista e sempre ajudou a Fundação Cásper Líbero em momentos de dificuldades financeiras. Além disso, durante o período em que as igrejas estiveram fechadas na pandemia, a emissora também atendeu o pedido da IURD e aceitou renegociar os valores da locação de horário.


Por outro lado a Band, que também é dona do canal 21 conseguiu o bloqueio das contas da Igreja Universal para executar na justiça o pagamento de aluguéis de horários da Rede 21, canal UHF que tem presença em antenas parabólicas e na grande São Paulo. Esse é mais um capítulo da guerra judicial que a emissora do Morumbi e a agremiação religiosa travam desde o ano passado. O processo corre na 21º Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo. A Band quer o bloqueio do valor da ação em 10,745 milhões.


Frase Final: A falta de bom senso, nos leva a atitudes desnecessárias.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *