Na tarde do último sábado, dia 4, agentes da Coordenadoria de Vigilância à Saúde, da Secretaria de Saúde de Barueri, visitaram imóveis residenciais e comerciais no Parque dos Camargos para orientação de prevenção de possíveis focos de água parada nos quintais que podem atrair o mosquito Aedes Aegipty, transmissor de doenças como a dengue, febre amarela e chikungunya. Trata-se do Mutirão da Dengue, realizado periodicamente na cidade.
As visitas acontcem o ano inteiro e são intensificadas em épocas de chuva. Elas se fazem necessárias pelo fato de estar chovendo quase que diariamente no município e de muitas pessoas ainda deixarem recipientes que propiciam o acúmulo de água limpa expostos em áreas descobertas dos imóveis. Cerca de 80% dos criadouros são encontrados nas residências.
Marta Chaves Pereira de Lima, diretora do Departamento Técnico de Controle de Zoonoses (DTCZ), relata uma das principais dificuldades encontradas pelos agentes. “Muitas pessoas ainda recusam as nossas visitas devido à pouca importância que dão a essas doenças. A atenção dos munícipes aumenta apenas quando os casos são divulgados”, afirma.
Os agentes, que visitam os domicílios em duplas, quando encontram copos, latas e garrafas pelo caminho já dão o devido destino. “Encontramos muita coisa em canteiros externos. Despejamos a água e depositamos o lixo nas caçambas. Tem sempre uma por perto. Facilitou pra gente”, conta o agente Dorival Pereira.
Helena Bardin, que faz esse trabalho há vários anos, explica a sua rotina. “A maioria das pessoas nos recebe bem. Observamos se os vasos de plantas possuem furos no fundo e se não há pratinhos. Observamos também se não há outros recipientes que permitem o acúmulo de água e deixamos um panfleto para reforçar as orientações”, conta.
Hozana Maria de Oliveira Padial, de 59 anos, moradora da Rua Andrea há mais de 35 anos, permitiu a entrada dos agentes em sua residência. “Eles já vieram aqui outras vezes. Sigo as recomendações deles, até porque trabalho com produtos para reciclagem. A visita deles não me atrapalhada”, conta.
Nessa visitação a Vigilância Sanitária esteve em campo com 19 agentes de Controle e Prevenção às Endemias. 333 imóveis foram visitados e 140 estavam fechados. Houve 24 recusas. No dia 1º de abril, também um sábado, o DTCZ deverá visitar os bairros Jardim Mutinga e Parque Imperial.
O DTCZ atende consultas sobre estas e outras zoonoses e também denúncias de criadouros de mosquitos pelo telefone (11) 4198-0424.
