Chegou perto e parou aí. A equipe adulta do Bradesco Osasco fez uma grande temporada na Copa Piratininga para ficar na trave de acesso à elite do vôlei paulista – o torneio qualifica o campeão apenas e o time do Jardim Cipava perdeu a final para o fortemente planejado Renascer Sesi Sorocaba.
A Copa Piratininga vale passagem à Divisão Especial e o vôlei sorocabano festeja a conquista – ano que vem formará quadra com o poderoso Osasco mais Barueri, Pinheiros, Sesi Sorocaba, São Caetano etc.
Quanto ao Bradesco Osasco, fez mesmo uma temporada forte na primeira fase e a estreia em 26 de julho foi justamente contra Sorocaba – na casa do adversário mandou 3 a 1. Depois bateu o Realizar de Santos por 3 a 2 e contra o América de Rio Preto conheceria a primeira derrota, 2 x 3.
Na rodada seguinte e por classificação às semifinais, a equipe se reabilitou com 3 a 0 no Louveira. Vaga na conta, jogo de ida em 25 de outubro no Santos Tênis Clube e o Realizar marca território com 3 a 1.
Quatro dias depois, jogo de volta no Jardim Cipava e com o Bradesco Osasco tendo que vencer a equipe da Baixada nos sets regulamentares para forçar o tira-teima do Golden Set – e deu conta do recado empatando o playoff por 3 a 1 e vencendo também o set extra.
Classificado à final, a decisão seria contra o Renasce Sorocaba que deita e rola com 3 a 0 no jogo 1 disputado no Cipava, último dia 19. A segunda partida seria no Sesi, sábado passado: mandando em casa, o Renascer Sorocaba não dá mole, fecha a conta com 3 a 1 e parte para a festa do título e da classificação à elite do vôlei paulista.
Não pode subir?
Temporada a temporada, o vôlei profissional do Bradesco Osasco se destaca forte mas com roteiro repetido – sem acesso. Basta conferir a equipe na Superliga B, sempre forte até a fase de acesso mas sem nunca avançar.
Agora na Copa Piratininga também chegou na boca do gol mas parando na trave. Então, a equipe adulta do Bradesco Osasco amarela sempre na hora de chegar ou isso faz parte de uma política esportiva?
Ouve-se que a questão é mesmo estratégica, pois não haveria espaço para outra camisa local na elite do vôlei paulista, menos ainda na elite da Superliga. Outra camisa? Claro, todo mundo sabe da supremacia de Osasco sob comando de Luizomar Moura no Liberatão de Presidente Altino.
Por exemplo: caso o placar fosse outro na final da Copa Piratininga e o Bradesco Osasco levase o título para estrear na elite do próximo Campeonato Paulista, como isso se daria? O primeiro e grande desafio seria mando de jogo – o dono do Liberatão toparia dividir quadra?
Se esse exemplo for extendido à elite do vôlei brasileiro, fica mesmo mais fácil sacar porque o Bradesco Osasco nunca sai da Superliga B – onde mandaria jogos? Então, olha a equipe adulta do Jardim Cipava pagando esse carma profissional de seguir jogando forte mas sempre parando na trave – pelo vôlei paulista ou pela divisão de acesso da Superliga.