Empresária de Barueri que sumiu, pode ter sido sequestrada, diz advogado

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A empresária Jackeline Minguette, de 32 anos, que tem um um seguro de vida avaliado em R$ 1 milhão e está desaparecida há mais de 15 dias, pode ter sido sequestrada. Essa é a hipótese do advogado da família, Roberto Guastelli. O sumiço da mulher levanta questionamentos tanto por parte da polícia quanto por parte dos familiares. 

As primeiras investigações apontam para a possibilidade de um golpe. Jackeline teria forjado o próprio sumiço em Barueri, para ter acesso ao valor do seguro de vida, uma vez que a empresa da qual é proprietária estaria com dívidas. Guastelli e a mãe, Madalena Maria de Oliveira, entretanto, descartam essa possibilidade.

Segundo o advogado, em entrevista ao R7 da Rede Record, a empresária não teria abandonado os filhos de 6 e 7 anos e o mais novo de oito meses, que ainda amamentava.

Jackeline está desaparecida desde o dia 20 de setembro. A última pista sobre o paradeiro da empresária foi uma filmagem registrada por câmeras de segurança em um elevador do prédio em que morava havia poucos dias em Barueri.

“Estou indo na delegacia todos os dias. Foram pedidos quebra de sigilo telefônico para a família, a polícia vai investigar se houve movimentação nas contas bancárias ou o pedido de apólice do seguro”, informou o advogado.

A mulher, que tem uma empresa de construção civil em parceria com a mãe e o marido, estaria com dívidas. O homem afirmou que a esposa passava por um período difícil e chegou a se consultar com um psiquiatra, que receitou calmantes.

Investigação

A polícia, agora, investiga todas as possibilidades. Uma delas, segundo o advogado, busca apurar o eventual envolvimento do companheiro de Jackeline no desaparecimento.

Ele enviou uma mensagem para o celular de Jackeline mesmo sabendo que quando ela saiu não havia levado o aparelho. “Espero que você esteja bem, caso não esteja vou dar o meu melhor por eles [os filhos] e sempre lembrar da mãe maravilhosa que você é. Aparece, amor, por favor”, escreveu.

Segundo o advogado, cerca de 24 horas após o desaparecimento da mulher, o homem pegou os filhos e os pais e se mudou para Boituva, no interior de São Paulo.

A versão do marido é diferente da fornecida pela mãe da empresária. O homem diz que ela estava aflita com as dívidas e fugiu. Já a mãe afirma que se encontrou com a filha dois dias antes do sumiço e ela não parecia estar aflita, tampouco comentou sobre preocupações financeiras.

O crime foi registrado como desaparecimento pela delegacia de Carapicuíba, que investiga o caso. A reportagem tentou entrar em contato com o delegado responsável pelo caso, mas não obteve retorno.

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