O encontro foi realizado na última terça-feira na Câmara de Osasco e teve como palestrantes o professor César Callegari, especialista em gestão de políticas e programas de educação, cultura e tecnologia, membro do Conselho Nacional de Educação, onde é Presidente da Comissão de Elaboração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), Ciseli Ortiz, coordenadora de programas e projetos de formação do Instituto Avisa Lá e a professora Anay Christine Lima, presidente da Associação dos Professores de Osasco e Região (APOS). Também fizeram parte da mesa o vereador professor Mário Luiz Guide, que presidiu o encontro, a professora Tereza Santos, presidente do PSB e coordenadora do Projeto e o Secretário de Educação de Osasco, José Toste.
O vereador Mário Luiz abriu o evento explicando um pouco sobre a finalidade do Projeto Osasco que Queremos, que visa buscar propostas para o futuro da cidade. Lembrou que já foram realizados outros encontros com setores importantes da cidade, “já ouvimos os empresários, sindicalistas, profissionais da saúde e, agora vamos falar de educação que é um tema que preocupa muito e tem aparecido bastante nas pesquis as realizadas”, informou o vereador.
Ao fazer uso da palavra o secretário José Toste, destacou que os principais pontos para se ter uma boa rede de educação na cidade são escolas bem estruturadas com um bom espaço físico, materiais pedagógicos de boa qualidade e adequados e profissionais valorizados, com boa remuneração
O especialista em educação,professor César Callegari, destacou que as prioridades para o futuro da educação brasileira são o cumprimento das metas dos planos nacional, estadual e municipal de educação; manter e garantir a aplicação de recursos para a educação, aperfeiçoar o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), tornando-o perma nente; elaboração de propostas curriculares em todas as escolas com base na BNCC; profissionalização da carreira e formação docente; primeira infância como uma agenda intersetorial; alfabetização na idade certa e nova proposta de escola no ensino médio.
Já a coordenadora do Instituto Avisa Lá, Ciseli Ortiz, disse que “investir na educação infantil é oferecer retornos em melhor aproveitamento escolar, maior produtividade no trabalho e comportamentos positivos ao longo da vida”. Ela ressaltou que pesquisas mostram a importância do acesso à educação infantil de boa qualidade, que tem efeitos diretos na aprendizagem nas séries posteriores em todas as áreas , inclusive nas habilidades sociais, de relacionar-se, de se colocar frente ao coletivo. Na sua avaliação as principais questões da educação infantil atualmente são oferecer ensino adequado aos parâmetros de qualidade; escolas com boa estrutura, manutenção do Fundeb; formação continuada dos professores; gestão participativa e democrática nas escolas e avaliação permanente.
A professora Anay Christine, presidente da APOS disse que, nos últimos anos, os professores conseguiram alguns avanços, inclusive salariais, mas ainda falta muito. Na sua avaliação, uma das maiores dificuldades que os professores enfrentam dentro do município, além de questões estruturais, é a questão de priorizar os cargos de carreira do Magistério para o professor ter uma ascensão dentro da sua carreira, seja através de concurso público de acesso ou de ingresso, desde o cargo de supervisor até o cargo de coordenador pedagógico. Ela informou ainda que a Apos tem lutado para a implementação do 1/3 de jornada na educação Infantil, lei específica para assegurar o pagamento do Piso Nacional do Magistério, criação da avaliação de desempenho no Plano de Carreira, entre outros.