Minha Coluna nesse nobre jornal inicialmente era para falar de culinária. Parte que gosto de escrever, detalhar e contar curiosidades dos pratos. Mas inquieto que sou fui, me atrevendo a escrever sobre outras coisas da cidade. Cultura por exemplo. Sim, caro leitor, a Gastronomia também é Cultura, eu sei. Mas falo de artistas, da parte mais intima que muitas vezes se esconde. Ai você fica meio que refém, pois tem gigantes da arte na nossa região. Se for falar de todo mundo “tô lascado”. Isso causa uma ciumeira, pois o ego e o artista se confundem. Complicado!
Esses dias tem sido mais complicado ainda. Amigos partindo, deixando saudades e muitas vezes o que planejamos não da tempo de se concretizar. Essas linhas são uma homenagem a mais um dos gigantes que nos deixou ontem 31 de março de 2024. José Geraldo Raio, o Raio da Taberna dos Cunhas.
O frango com quiabo é um prato tradicional da culinária mineira, conhecido por sua combinação única de sabores e ingredientes simples. Originário das regiões rurais de Minas Gerais, este prato tem raízes profundas na cultura e tradição do estado. A história do frango com quiabo remonta aos tempos coloniais, quando escravos africanos trazidos para trabalhar nas fazendas de Minas Gerais introduziram o quiabo na culinária local. Essa influência africana se fundiu com ingredientes e técnicas europeias trazidas pelos colonizadores portugueses, resultando em pratos distintamente brasileiros, como o frango com quiabo. A receita básica do frango com quiabo consiste em frango cortado em pedaços, quiabo, cebola, alho, tomate, pimenta e temperos como cheiro-verde e louro. Os ingredientes são refogados juntos até que o frango esteja macio e o quiabo esteja cozido, criando um caldo espesso e saboroso. Este prato é apreciado não apenas por seu sabor delicioso, mas também por sua simplicidade e praticidade. É frequentemente servido com arroz branco e angu de milho, complementando perfeitamente a riqueza do molho do frango com quiabo. Ao longo dos anos, o frango com quiabo se tornou um símbolo da gastronomia mineira, sendo apreciado em todo o Brasil e até mesmo internacionalmente. Sua história rica e suas raízes culturais profundas o tornam um prato verdadeiramente especial e significativo para o povo de Minas Gerais e além.
Hoje percebo que esse delicioso prato, não era só o carro chefe de nosso amigo Raio. Era também a cara dele. Um cara simples, com bom gosto musical, sofisticado na poesia e um amigo verdadeiramente especial e significativo para a Cultura de Osasco. Em breve vou escrever sobre a Vila dos Artistas e vocês verão o quão importante foi a sua história.
Esse foi só um jeito simples também que achei para homenagear meu amigo Raio.
Deixo aqui meus sentimentos a todos familiares. Descanse em paz meu querido e obrigado pela amizade.
Triste!