Giovanni Cesar é jornalista na essência da palavra, com 43 anos de jornalismo, começou a dar os primeiros passos na profissão aos 13 anos na extinta TV Tupi. Hoje ele está na Rede TV!, emissora sediada em Osasco. “Eu fazia o jornal da escola e depois fui para o departamento de mimiógrafo da TV Tupi, nós rodávamos os textos dos atores, atrizes, a presenteadores como o Silvio Santos.” Através de Adoniran Barbosa, ele começou a se apaixonar pelo jornalismo. “Um dia ele me disse uma frase simples, mas com muito significado, jornalismo é jornalismo”.
Pouco tempo depois, ele ganhou o registro de jornalista e começou a viajar o país, trabalhou na TV Globo do Mato Grosso do Sul, depois no Espirito Santo na TV Globo, TV Band e Rede TV! Depois voltou para São Paulo a convite de Franz Vacek onde atualmente faz reportagens para os principais telejornais da casa. “Um dos momentos mais importantes da minha carreira foi quando eu fui trocado por reféns em uma ocorrência no Espirito Santo. Um grupo de assaltantes pegou cinco reféns em uma drogaria e disseram que aceitariam soltar os reféns por um jornalista, eu fui o escolhido. Entrei narrando a ocorrência, a negociação continuou e acabou com final feliz.” Ele passou situações bem complicadas também. “Eu cobri o assassinato de um jogador em Mato Grosso, e depois tive que sair da cidade pois fui ameaçado de morte, tive que sair só com a roupa do corpo, depois de algum tempo consegui voltar para a cidade”.
Entre os ídolos do experiente jornalista está Domingos Meirelles. “Eu acompanhava ele no Globo Repórter da TV Globo e fizemos várias matérias nas fronteiras com o Paraguai e Bolívia, tínhamos que convencer os grandes traficantes a darem entrevistas. Aprendi muito de como fazer esse tipo de matéria.”
Ele é um workaholic da informação, mesmo após seu expediente na RedeTV!, Giovanni continua na sede da emissora atrás de possíveis reportagens. Ele diz que ser jornalista é fazer um trabalho social. “Jornalismo é fundamental na sociedade, ele resgata a cidadania.” O jornalista acredita que o momento atual é de reestruturação dos meios de comunicação. “Estamos passando por uma fase de peneira, e depois só vai sobrar quem tem qualidade, ao jornalismo cabe aquela pegada de apuração, isenção e ética. O jornalismo precisa estar a serviço da sociedade.”
Apaixonado por Osasco, ele veste a camisa da cidade. “Eu me divirto aqui, faço compras aqui, considero como minha cidade, tenho muitos amigos aqui.”