Causado pelo mesmo vírus da catapora, o herpes zoster é mais comum do que se imagina e capaz de provocar dores extremas
Por: GSK
Foto: mdsaúde.com
O herpes zoster, também conhecido como “cobreiro” é causado pelo vírus varicela zoster, o mesmo vírus responsável por causar a catapora. Este vírus pode ficar latente no organismo durante toda a vida e pode vir a se manifestar em um momento de queda de imunidade, principalmente, em pessoas com mais de 50 anos ou imunossuprimidas. Segundo um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, um a cada três adultos poderá desenvolver a doença em algum momento da vida.
Para o Dr. Jessé Reis Alves (CRM 71991/SP), infectologista e gerente médico de vacinas da GSK, a principal queixa dos pacientes com herpes zoster é a dor. “As sensações de agulhadas, queimação, pontadas e dormência, podem impactar o cotidiano com a família, o trabalho e também a convivência social. Além disso, em alguns casos, o herpes zoster pode evoluir para um quadro de neuralgia pós-herpética,uma dor crônica, que dura pelo menos 90 dias e que requer tratamento específico”, explica.
Confira, abaixo, alguns mitos e verdades sobre o herpes zoster.
Quem teve catapora ao longo da vida pode estar infectado com o vírus causador do herpes zoster.
VERDADE | O herpes zoster, popularmente conhecido como “cobreiro”, é uma doença causada pela reativação do vírus varicela zoster, o mesmo que causa a catapora. Conforme envelhecemos, nosso sistema imune naturalmente enfraquece, o que pode permitir a reativação do vírus, causando o herpes zoster.
O herpes zoster é uma doença reconhecida pela dor.
VERDADE | O herpes zoster tem como um dos sintomas mais característico a dor provocada pelas lesões. Elas podem surgir em qualquer lugar do corpo, porém, geralmente, costumam aparecer em lugares como o tórax, a barriga ou a face. A dor associada à doença é comumente descrita pelos pacientes como uma sensação de queimadura, dor latejante, cortante ou penetrante. Os sintomas mais comuns do herpes zoster são dores intensas, formigamento/agulhadas, ardor e coceira locais, além da erupção com pequenas bolhas agrupadas sobre a pele e as vezes sintomas como febre, dor de cabeça e mal-estar.
A incidência do herpes zoster na população é baixa.
MITO | Dados do CDC dos Estados Unidos mostram que aproximadamente um a cada três adultos poderá desenvolver o herpes zoster em algum momento da vida. Pessoas com 50 anos ou mais provavelmente já são portadoras do vírus responsável por causar o herpes zoster. O vírus permanece adormecido durante toda a vida da pessoa e a reativação pode ocorrer na idade adulta, geralmente, em pessoas com mais de 50 anos de idade ou em pessoas com comprometimento imunológico.
É possível prever quando o herpes zoster se manifestará.
MITO | Quem já teve catapora e tem mais de 50 anos fica mais vulnerável devido ao natural declínio da função do sistema imunológico, assim como os pacientes imunossuprimidos. Porém, independentemente do quão saudável a pessoa se sinta, é imprevisível o momento em que o vírus irá se manifestar. Dados do CDC estadunidense mostram que cerca de 99,5% da população acima de 40 anos carrega o vírus varicela zoster, o mesmo da catapora, e estão sob risco de reativação em circunstâncias de queda de imunidade.
O herpes zoster pode levar a complicações graves.
VERDADE | O herpes zoster pode levar a complicações e outras formas clínicas graves. Alguns pacientes podem sofrer com a neuralgia pós-herpética, a complicação mais comum e que pode afetar até 30% dos pacientes com a doença. A neuralgia pós-herpética é caracterizada pela dor que persiste por mais de 90 dias na área onde a erupção ocorreu e pode persistir por anos. O risco de uma pessoa ter neuralgia após manifestar o herpes zoster aumenta com a idade. Pessoas com sistema imunológico comprometido ou suprimido também são mais propensas a ter complicações mais graves e duradouras da doença. Outras complicações do herpes zoster incluem: sequelas oculares temporárias ou persistentes (crônicas) em pacientes com herpes zoster oftálmico, incluindo perda de visão; superinfecção bacteriana das lesões; paralisias de nervos cranianos e periféricos; e envolvimento visceral, como meningoencefalite, pneumonite, hepatite e necrose retiniana aguda.
Os casos do herpes zoster aumentaram durante a pandemia de COVID-19.
VERDADE | Há evidências de que a COVID-19 trouxe impactos relacionados ao herpes zoster em vários países do mundo, incluindo o Brasil. Um estudo realizado pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) revelou um aumento de 35,4% nos casos notificados do herpes zoster durante a pandemia de COVID-19, comparado com o intervalo pré-pandemia. Já uma outra pesquisa, realizada com adultos com 50 anos ou mais nos EUA que tiveram COVID-19, também apresentou o risco aumentado de 15% de desenvolver herpes zoster, em comparação com aqueles que não foram diagnosticados com a doença. Pacientes hospitalizados por COVID-19 tiveram 21% mais de chances de desenvolver o herpes zoster.
Herpes simples e herpes zoster são a mesma doença.
MITO | Apesar de terem o nome semelhante, o herpes zoster e o herpes simples são doenças diferentes, com causas, tratamentos e sintomas bem distintos. O herpes zoster é causado pelo vírus varicela zoster, o mesmo vírus que provoca a catapora. Popularmente conhecido como “cobreiro”, o herpes zoster surge quando o varicela zoster é reativado no organismo em função do enfraquecimento do sistema imunológico. Já o herpes simples é uma infecção causada por um outro vírus, o Herpes simplex vírus. O contato com esse vírus ocorre geralmente na infância, mas, muitas vezes, a doença não se manifesta nesta época O vírus atravessa a pele e as mucosas, percorrendo um nervo, se instalando no organismo de forma inativa, até que venha a ser reativado em algum momento.
Há opções de prevenção e tratamento contra o herpes zoster.
VERDADE | O herpes zoster pode ser prevenido e tratado. Procure seu médico para saber mais sobre as opções de prevenção e tratamento da doença.