Homens: em que buraco se enfiaram?

Colunistas Talita Andrade

Se eu pudesse dar um conselho mágico aos homens…

“Reinterpretem o significado de coragem e virilidade”.

Nunca pensei que diria isso um dia, mas ser mulher heterossexual está sendo caótico. Pelo amor, o que aconteceu com os bichanos, vulgo meninos adultos?

Porque particularmente, homens “inteiramente homens” está em extinção.

Onde vivem, o que comem?

Muitas mulheres têm um desejo de se tornarem únicas (digamos que inesquecíveis) para o cara que julgam valer a pena. O motivo desse desejo é o fato de o moço ter predicados que o destaca dos outros idiotas que ela conheceu e acabaram sendo mais do mesmo. Ela se dedica, se envaidece além do normal, se abre e cria expectativa de receber tal valor de volta. E isso acontece, porque afinal, o moço realmente preenche qualidades raras. Não vou entrar no mérito das qualidades, para não ofender ou enaltecer ninguém (melhor prezar pela neutralidade).

Porém, quando ela acha que vai, vai é para o brejo.

Os meninos adultos ficam confusos e com medo do rumo que a relação está tomando, e simplesmente, declinam. E pra ser honesta, declinar não é o problema maior, mas sim a forma como fecham o ciclo. Não, na verdade nem podemos considerar como desfecho. VOCÊS SOMEM! VÃO PRA MARTE!

Inclusive, o dia que for descoberto o buraco onde vocês se enfiam, vão encontrar todos os meninos adultos juntos, devem estar fazendo um churrasco de espetinhos de coração. (Argh!)

Mas aqui vai uma grande verdade, eu entendo que tenham medo. Uma mulher tem muito poder se conseguir penetrar o coração de um homem. A gente se instala, se aninha e então a gente cobra tudo o que precisamos: carinho, atenção, disponibilidade e futuro. E está aí a dificuldade. A constância da reciprocidade. A dedicação, a habilidade de percepção, compreensão e doação. Tudo o que exige esforço, criatividade e paciência. Isso sem falar nas concessões, abrir a mão de coisas e hábitos que não favorecem um relacionamento.

Entretanto, todavia, a vida é feita de entrega e recompensa. E tudo aquilo que definimos por longo prazo, assusta. E tudo bem não estar pronto. O que não dá é achar que pode ir e vir, quando tiver saudade, vontade ou falta de opção melhor. Como diz a música, “ou some ou soma”.

Vergonha na cara não é animal silvestre, pode criar!

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