MAIS UM PENTE-FINO NA PREVIDÊNCIA SOCIAL
O novo governo já tem como meta realizar um pente-fino nos
benefícios do INSS.
Uma das primeiras medidas anunciadas pelo governo de Jair
Bolsonaro foi a criação de uma Medida Provisória (MP), para rever
a concessão dos benefícios de Pensão por morte, auxílio-reclusão e
aposentadoria rural.
A busca para reduzir o gasto do governo é tão grande que irá
bancar um bônus de R$ 57,50, para os técnicos e analistas do
seguro social, como incentivo para realização das novas análises.
Não sou contra verificação de benefícios concedidos
irregularmente, mas, todo governo sempre pune os trabalhadores,
sem buscar efetivamente os verdadeiros devedores da previdência
social.
Esse novo governo começa muito bem o seu mandato, pois não
ataca o verdadeiro rombo da previdência social, causado pelas
grandes empresas.
Deveria o governo federal atacar com a mesma firmeza que ataca a
classe trabalhadora, os grandes devedores da previdência.
Mas brigar com grandes empresários dá muito trabalho e pode
desgastar o governo, sendo mais fácil atacar o lado mais fraco
dessa balança, que são trabalhadores.
Por isso, é sempre mais fácil buscar entre os beneficiários da
previdência social, solução para o rombo provocado pelas grandes
empresas do que efetivamente cobrar desses devedores.
Toda vez que se fala em cobrar das grandes empresar os bilhões
devido pelos empresários, todo governo se esquiva e se limita a
utilizar de subterfúgios para amenizar o rombo provocado pela
inadimplência dos grandes devedores.
Como dito em outras publicações, a previdência social, em especial
o sistema previdenciário gerido pelo INSS, desde de sua criação
sempre foi superavitário, pois todo trabalhador paga sua
previdência com desconto direito em folha de pagamento, sempre
fiel com seus recolhimentos, mas a cota patronal, nem sempre foihonrada, o que gerou, ao longo de anos, sem sombra de dúvida,
comprometimento no sistema de arrecadação.
De outra parte, o governo ainda retira até 30% de toda arrecadação
da previdência social, para outras áreas, o que também provoca
desequilíbrio nessa conta.
Em resumo, essas são algumas das situações que desequilibram a
conta da previdência social e não a concessão de benefício como
Pensão por morte, auxílio-reclusão e aposentadoria rural, alvo de
mais um pente-fino do governo federal.
O governo deveria se preocupar com os grandes devedores da
previdência social e não revisar benefícios concedidos, que muitas
vezes não passam de um salário mínimo.
Vamos em frente.