Natureza em Chamas

Capa Correio 2

Por: Rodrigues Paz
O dia escurece vira noite
Fuligens negras vindas, de queimadas
Há um certo agouro vindo da floresta
São almas, que suplicam por piedade
 
              No espalhar do vento fúnebre, o assobio
              Abraço ávido das chamas no arvoredo
              No arder da terra flui o sangue verde
              Se vê desnuda em cinzas, a natureza.
 
Na desvairada queima, a dor e o desespero
Choros sangrentos de tantas vidas mortas
Tingidos, vão-se os rios de vermelho.
 
              E a natureza morta, um dia se levanta
              Em um nascer regenerante a própria cinza
              Qual fênix, que das cinzas se agiganta.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *