O drama de Vivi Oda: maior campeã de Osasco e promessa olímpica dá adeus à ginástica rítmica

Capa Esportes Márcio Silvio

Em Osasco, Vivi Oda foi a contratação da vez que batizaria a ginástica rítmica como nova modalidade municipal.
Morando em Guará, a supercampeã Vivi competia como Osasco e para onde encaminhava medalhas e troféus seguidos. Desde as bases da ginástica até a categoria adulta, uma carreira espetacular que a justificaria na seleção brasileira.
Mas enquanto todos aplaudiam a atleta que ganhava mais e mais destaque na vitrine da Confederação Brasileira de Ginástica, por dentro ela já travava batalha intensa e ameaçadora. Estamos falando de uma menina que como todas as demais do alto rendimento, abre mão da vida normal pelo esporte – infância diferenciada com responsabilidades que muitos adultos não dariam conta; adolescente discreta na vida social, trocando passeios e paqueras por concentração e treinos árduos para ser campeã.
Desde os três aninhos em Guará, depois como Osasco aos quase 10, tudo encaminhado para o sonho – cravar Paris 2024. No entanto, vem a notícia que continua impactando a ginástica rítmica: a supercampeã sai de cena, despede-se.
Nas muitas viagens e competições duríssimas, Vivi foi colecionando lesões importantes mas que, por conta de um espírito guerreiro e determinado, superou engolindo dores e traumas que só ela sabe.
Como o esporte exige corpo e mente sãos, Vivi não se via assim no espelho; aos poucos foi deixando-se levar porque sentia que não estava mais completa. Por fim, chega 2023 e a decisão dramática – a estrela apaga a luz e deixa o tapete da ginástica rítmica. “E hoje me despeço por um tempo desse esporte que vem me acompanhando ao longo de toda minha vida, foram 15 anos de muitas amizades, conhecimento, aprendizagem, esforço, dedicação e reconhecimento. Precisei me permitir dar esse tempo pra cuidar do meu psicológico e do meu físico. Foram muitas lesões ao decorrer e muitos problemas com minha saúde mental. Preciso me cuidar pra poder um dia, se Deus quiser, voltar aos tapetes de corpo e alma com a dedicação que sempre tive. Doeria muito em mim estar pela metade, por esse motivo resolvi me dar esse tempo de descanso, reflexão e cuidado comigo. Espero um dia estar bem pra voltar a fazer aquilo que mais amo na vida. Mas por enquanto estou me desligando, foi incrível viver isso mas precisarei ir.”

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