Texto elaborado por Dr. Anderson Rezende e Dra. Wal Torres
“A população branca deste país tem que se perguntar por que era necessário haver negros. Mas eu não sou um negro. Eu sou um homem. Você acha que eu sou um negro, porque você precisa disso. E você tem que descobrir por quê”, esse é um trecho da fala do escritor norte americano James Baldwin, no documentário “Eu não sou seu negro”.
A convite da amiga, Doutora Wal Torres, que costumeiramente tem atos de empatia, escrevi este texto. Sou advogado e integro as Comissões de Igualdade Racial e Direitos Humanos da OAB Subseção de Santo Amaro/SP.
A fala de Baldwin demonstra que o racismo tenta transformar o negro em inumano, ou seja, desprovido de sentimentos de respeito, consideração, amor, generosidade. O racismo justifica o tratamento humilhante, degradante e a morte violenta.
Uma pesquisa realizada pelo Datafolha em 2009 (não existem dados mais recentes) mostra que 97% dos entrevistados afirmaram que não são racistas, mas reconhecem, na mesma proporção, que convivem com alguém racista. Reconhecem que o outro pratica racismo, porém não se reconhece enquanto racista.
A pior face do racismo resulta na morte violenta, como a do norte americano George Floyd, e que fez eclodir a inicialmente a revolta de outros negros no país, transformando-se em manifestações ao redor do mundo por mudanças e pelo fim do racismo.
Violência e racismo andam de mãos dadas. Aqui no Brasil, o menino João Pedro Mattos Pinto e João Vitor Gomes da Rocha foram assassinados pela polícia, que sequer respeitou a presunção de inocência.
Nós, negros, queremos apenas que nossos direitos sejam respeitados, nossas vidas sejam preservadas, não queremos uma morte violenta, queremos paz, queremos respirar, queremos que diante de um crime seja realizado um julgamento que respeite as normas legais, não a pena de morte exercida por aqueles que tem o dever de nos proteger. Liberdade para andar pelo mundo sem perseguições infundadas, exibindo nossa negritude.
“Nós, negros, queremos apenas que nossos direitos sejam respeitados”
Quem é nós negros? a foto que aparece é de uma mulher branca e dando risada!
Sou preta mesmo!
Amo minha cor
E fico imensamente feliz em ver uma loira olhando por nós!!!!
E concordo queremos RESPEITO!!!!
Parabéns Dra Wal Torres