Prefeitura de Carapicuíba é condenada por deixar criança de 5 anos ir embora sozinha de escola

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Menino ficou cerca de uma hora perdido nas ruas de Carapicuíba antes de encontrar o caminho de casa

Por: r7.com

O TJSP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) condenou a Prefeitura de Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo, a indenizar, por danos morais, a mãe de uma criança de 5 anos que foi liberada a deixar a escola desacompanhada, após ser informada que no dia não haveria aula.

O caso ocorreu em dezembro do ano passado. O valor da reparação foi fixado em R$ 15 mil. Procurada, a Prefeitura de Carapicuíba ainda não se manifestou. O espaço permanece aberto.

“A 13ª Câmara de Direito Público do TJSP manteve a decisão da 4ª Vara Cível de Carapicuíba, proferida pela juíza Rossana Luiza Mazzoni de Faria, que condenou o município a indenizar, por danos morais, mãe de criança que deixou escola desacompanhada por negligência da instituição”, afirmou o órgão.

De acordo com o processo, após ser deixada na escola pela avó, a criança foi informada por funcionários de que não haveria aula naquele dia e que deveria voltar para casa.

“Sem meios de se comunicar com a mãe, o menino saiu da escola desacompanhado e conseguiu encontrar a residência depois de uma hora perdido entre ruas e avenidas da cidade. Ao questionar a direção da instituição, a mãe foi insultada e responsabilizada pelo ocorrido”, disse o TJSP.

Para a relatora do recurso, a desembargadora Isabel Cogan, não há dúvidas quanto ao dano moral sofrido pela mãe da criança.

“Restou inequívoca a apontada falha na prestação dos serviços da escola municipal, que ostenta responsabilidade por cuidar e vigiar seus alunos, não se podendo admitir a saída de um aluno de apenas 5 anos de idade para a rua, como ocorreu, já que a vida e a integridade do menor foram colocadas em risco”, consta no processo.

Além disso, ao questionar o fato de o filho ter saído sozinho da escola, a mãe da criança não apenas sofreu temor pela segurança dele como também foi insultada por um dos funcionários da escola.

“Não há dúvidas, portanto, quanto à configuração do evento, do nexo causal e do dano moral experimentado pelos autores, bem fixada a condenação do réu, ora apelante”, acrescentou a magistrada.

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