Fonte: campograndenews.com.br
Foi preso nesta terça-feira (19) em Barueri, Willian Gil Ferreira, um dos investigados por envolvimento na organização criminosa que aplicou golpe financeiro em cerca de 60 mil pessoas por todo o país.
Willian era um tipo de “porta-voz” que defendia a boa imagem do grupo de golpistas, alvos da Operação Ouro de Ofir. Ele foi preso após procurar a delegacia de Polícia Civil na cidade paulistana, onde registrou um boletim de ocorrência contra um outro suposto golpista, que o teria ameçado de morte.
Durante as checagens policiais, no entanto, os agentes identificaram o mandado de prisão em aberto contra o suspeito e que foi expedido pela 4ª Vara Criminal de Campo Grande. Willian Gil foi preso por estelionato e organização criminosa e deve ser transferido para Campo Grande.
Porta-voz – Conforme apurado pela reportagem, Wilian ligava para as vítimas e até mesmo em meios de comunicação, dando depoimentos de que era um dos clientes do grupo de investimentos e que nunca teria se sentido lesado. O objetivo era desqualificar as autoridades e a própria investigação, para manter o esquema.
Nos contatos com as vítimas ele tentava convencê-las a não fazerem denúncias e continuar com os aportes. Bem articulado, ele até tinha um canal no YouTube em que alguns dos principais temas abordados era justamente as operações e detalhes, sobre os apostes necessários para os investimentos.
Golpe – O grupo prometia as vítimas, retornos financeiros astronômicos, mas cujo os repasses, nunca sequer eram o feitos. O lucro viria da repatriação da venda de ouro de uma suposta mina de ouro na Bahia. Em geral, o investimento inicial era de mil reais para um resgate financeiro futuro de R$ 1 milhão.
Na primeira etapa da operação, deflagrada em 21 de novembro de 217, a polícia apontou a existência de ao menos 25 mil vítimas. Com o prosseguimento das investigações, a PF calculou que são 60 mil vítimas.
De acordo com a investigação, ele se apresentava como sobrinho do ex-presidente José Sarney e emitiu cheques sem fundos com valor de R$ 2 bilhões. Nos desdobramentos da terceira fase da Ofir em setembro de 2018 Adriana Aguiar Viana – que se identificava como professora e estagiária -, e Olodoaldo Arruda de Souza – responsável pela operação de crédito que leva o seu nome -, também foram detidos por envolvimento no esquema