Ribamar no PSDB

Colunistas Nilson Martins

O presidente da Câmara de Osasco, vereador Ribamar Silva, acabou revelando que já recebeu diversos convites para sair do PRP, agora Patriota, graças a fusão realizada recentemente. Como houve a fusão, ele pode se antecipar à janela reservada apenas para abril de 2020 e efetuar a troca partidária. Semana passada, um enviado do governador João Doria fez o convite para o vereador ingressar no PSDB. E não foi somente ao presidente da Câmara, Rogério Lins também está na lista dos convidados. Ele esteve com os tucanos de Itapevi, há cerca de alguns dias e teve a visita deles em seu gabinete. Por lá, o prefeito Igor Soares, do mesmo partido de Lins; o Podemos, tem também interesse no PSDB. No caso de prefeitos não há proibição para deixar a sigla, assim como governadores, senadores e presidente da República.

 

Voltar a crescer 

Em reunião realizada nesta semana, a Executiva Estadual do PSDB-SP definiu que baixará uma norma determinando que todos os municípios do Estado lancem candidaturas próprias a Prefeito em 2020. “O PSDB de São Paulo está começando o trabalho de organização interna para as eleições municipais, conversando com as forças políticas, fazendo novas filiações que possam agregar valor ao partido, tanto do ponto de vista eleitoral quanto na contribuição de ideias. Vamos chegar a 2020 prontos para apresentar à população os melhores candidatos e os melhores planos de governo”, disse o presidente estadual Marco Vinholi.

 

De olho em 2022 

O grande interesse do governador paulista é aglutinar o maior número de lideranças possíveis entre os maiores municípios paulistas para o fortalecimento do PSDB. Claro que está de olho em 2022, quando o país deverá voltar às urnas para eleger o presidente da República. E Osasco, reconhecido como o segundo melhor PIB do Estado e sexto em nível nacional, não pode ficar de fora. Com Rogério Lins, acabam as divergências de outrora quando em 2016 apoiou o concorrente de Doria no segundo turno, o candidato do PSB Marcio França. E muitos perguntariam o que ganharia a cidade a ter de novo um prefeito tucano?

 

Muito a ganhar

Receberia muitas obras. Em primeiro plano, a aceleração de algumas já encaminhadas que vêm há tempos em passos lentos; o projeto da nova chegada à cidade pela Rodovia Castello Branco, por exemplo. Mas haveria outras benesses para a cidade, principalmente na área da saúde, segurança e educação. Em Itapevi, idem. Outra cidade que foi governada pelo tucano João Caramez e depois pela esposa Dalvani. A continuidade de Lins no Podemos vem sendo questionada há tempos aqui neste espaço. Até então havia o convite do DEM, que agora já se fala abertamente sobre uma suposta fusão com o PSDB. O que daria na mesma para quem migrar no Democratas. As vantagens de tucanar seria o apoio da máquina estadual, e de sempre ser recebido pelo governador. Em 2020 teremos a renovação ou reeleição de prefeitos. E a mudança pode ser uma tremenda virada para Rogério Lins.

 

Visita

Não é a primeira vez que o vereador de Osasco De Paula recebe conterrâneos de seu estado o Piauí. Desta vez foi a visita do vereador Valmir Junior da cidade São João da Cana Brava que esteve nesta terça-feira na sessão Ordinária e foi recepcionado por todos os pares.

 

Fundo do poço

O bate-boca entre o vereador Severino (PTB) e Pelé da Cândida (PSC), ocorrida na última terça-feira, colocou a maioria dos vereadores na parede em termos de evitar que daqui pra frente façam vistas grossas ao assunto e deixem crescer, ainda mais, as discussões entre colegas. Numa recente discussão com este colunista, Severino covardemente me atacou protegido pelo regulamento da Casa em que a plateia não pode discutir, mesmo assim fui além ao aconselhar ao cidadão da Zona Norte a procurar um médico. “Esse não é o Severino com quem mantive amizade por tantos anos. Você precisa procurar um médico urgentemente”, disse naquela ocasião. São repetidas vezes os momentos que por haver discordância o vereador ofende o provocador. “Ele não aceita ser contrariado”, disse Jair Assaf. Comigo foi em duas oportunidades. Na segunda, querendo a paz e volta da amizade pediu pra aceitar um copo d’água. A resposta: “Só quando você voltar á tribuna e pedir perdão por ter me chamado de mentiroso”, isso foi o suficiente para sessão ser interrompida, após gritos e provocações.

 

Somente uma por vereador, a causa

Deve ter sido votada, ontem, na ordinária das quintas-feiras, uma mudança no Regimento Interno da Casa em que restringe a quantidade de moção a uma somente a cada vereador e no total de 30 minutos encerraria o tempo para todos. Isso, claro, pelo excesso de Severino, todas as semanas que tomava todo o tempo da sessão. E não é só isso. A enorme quantidade de requerimentos que na pauta todas as sessões também são preocupantes. Teve caso que quase trinta do mesmo vereador na sequência. A discussão de terça foi só provocação ao presidente Ribamar alegando censura e falta de liberdade. Aos gritos atrás de Pelé, o mesmo pediu para baixar o tom e de novo confusão.

 

Punição aos faltantes 

O vereador Toniolo (PCdoB) já deixou vazar que irá ressuscitar o projeto de seu colega Jair Assaf arquivado em 2017, por falta de quórum (quantidade de pares) nas três sessões permitidas. Pois bem, o PR (Projeto de Resolução) 10/2017 estará de volta reestruturado e manterá o artigo 3º onde diz que “O vereador que, sem motivo justificado e não estando em licença, deixar de comparecer às sessões da Câmara, terá a falta (500 reais) descontada em sua remuneração”. Parabéns Toniolo. Ainda falta a obrigatoriedade do uso da gravata.

 

Ex-prefeito na corda bamba

Ainda sem data, a Câmara de Barueri deve pautar a análise das contas do exercício de 2015, do ex-prefeito Gil Arantes. Essas, ao contrário das de 2016, as de 2015 receberam parecer negativo do Tribunal de Contas, de que que não houve a aplicação de 25% do orçamento na educação. Gil Arantes já encaminhou a defesa para comissão de Finanças e Orçamento que deve emitir um parecer que servirá de base a decisão dos vereadores. Uma situação que se a reprovação for aceita por pelo menos dois terços dos vereadores, Gil fica impossibilitado de concorrer a cargos públicos por oito anos.

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