Sem direito a visitas

Colunistas Oscar Buturi

Ocorre uma transformação em nossos dias que os distraídos podem não notar, mas que salta aos olhos dos cidadãos minimamente atentos ou daqueles que já sentem o problema “na pele”. Quem vive em uma cidade adensada, como é o caso de Osasco, por exemplo, e mora em condomínio residencial verticalizado, sabe que está cada vez mais complicado conseguir vagas de estacionamento para suas visitas. Receber parentes e amigos para aquela confraternização tradicional, seja ela qual for, já é um desafio! Encontrar uma vaga nos arredores de alguns condom& iacute;nios se tornou um obstáculo que desestimula e está alterando o hábito de muitos. E a cada dia testemunhamos novos edifícios residenciais sendo erguidos em ruas apertadas, com trânsito em mão dupla, terrenos vizinhos estreitos, onde é praticamente impossível estacionar sem atrapalhar a rotina da vizinhança. Para agravar o cenário, moradores que possuem mais de um veículo e apenas uma vaga acabam utilizando a via pública como estacionamento, o que torna a disputa pelo espaço ainda mais aguda. Este é um cenário comum em residenciais voltados para as classes média e popular, o que, no caso de Osasco, representa quase tudo. Pouquíssimos são os empreendimentos reservados para os níveis sociais mais elevados e, mesmo em alguns deles, é possível encontrar o mesmo problema. Disponibilizar vagas para visitantes dentro dos condomínios se transformou em artigo de luxo e, em breve, será grande diferencial. Certamente cobrado no valor da unidade e alardeado nas peças publicitárias. Mas para a grande maioria que não tem e não terá acesso a isso, é melhor se acostumar com a mudança de hábito. Aquelas confraternizações com a família e amigos vão precisar de novo endereço.

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