Superação: Professora da rede municipal de Barueri recebe prótese

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Na terça-feira (dia 15), a professora Cristiana Ferreira do Nascimento, de 38 anos e profissional da rede de ensino de Barueri, foi acompanhada por funcionários da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SDPD) para receber sua tão esperada prótese.

“Foram oito anos de espera”, lembrou Cristiana, que sofreu um acidente em 2012 e, após cirurgias não eficazes e muita dor, amputou a perna esquerda e parte do quadril.

A professora passou por vários procedimentos até as duas amputações e levou um tempo para assimilar e aceitar a sua nova realidade. “Quando fiz a primeira amputação acordei feliz, pois há muito tempo eu não sabia o que era acordar sem dor e eu ainda tinha um pouco da perna, então sabia que dava para colocar prótese. Na segunda amputação foi um baque, retirou-se tudo, inclusive uma parte do quadril. Foi a primeira vez que eu pensei que realmente precisaria de ajuda psicológica”, relatou Cristiana.

Um exemplo de superação
Por conta do acidente e a perda da perna, a educadora teve que reaprender muita coisa do dia a dia. No começo foi mais difícil, mas aos poucos ela foi adquirindo sua independência. Hoje mora sozinha e nunca deixou que a deficiência fosse empecilho para exercer sua profissão com excelência. Seus alunos a amam e se uniram a outras pessoas do convívio para ajudá-la.

Esse ano, o Natal terá um significado diferente para Cristiana. “O melhor presente foi ver a mobilização de tantas pessoas tentando me ajudar: meus alunos, amigos, pessoas do condomínio e da SDPD. Sou muito grata. Mesmo sem a prótese eu já teria ganhado muito”, disse a professora extremamente emocionada.

A prótese
A amputação da Cristiana foi bem alta. Ela então não tem o coto. Por meio da SDPD, foi entregue à professora uma prótese para desarticulação de quadril que substitui a articulação do quadril, fêmur, rótula e articulação do joelho, tíbia e pé. Dessa forma, a bacia do amputado é a grande responsável por controlar e restabelecer o equilíbrio e marcha do paciente.

O pé da prótese é bem articulado, podendo ser nivelado tanto para tênis, quanto para um salto, que inclusive foi a escolha da professora para provar pela primeira vez a tecnologia assistiva. O que ela mais quer é mostrar aos seus alunos sua prótese cheia de glitter azul.

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