Veja 10 dicas para economizar energia elétrica

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Neste último mês, o brasileiro se deparou com o aumento considerável da conta de luz. Apesar de contar com boa hidrografia para geração de energia hidroelétrica, o Brasil enfrenta problemas para garantir e suprir a necessidade da população.

“O problema nesta época do ano é a falta de chuvas, além da sequência da crise hídrica, que afeta os reservatórios das usinas hidrelétricas. Assim, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), precisou acionar as usinas termoelétricas para suprir a demanda”, explica o coordenador do curso de Engenharia Elétrica da Faculdade Anhanguera, Luiz Alberto Paoliello Alvim. A ONS ainda diz em seus dados que o Brasil enfrenta a pior estiagem dos últimos 91 anos.

O coordenador explica a diferença da produção de energia entre as usinas. “A produção de energia pelas termoelétricas é mais caro em relação às hidroelétricas. Isso porque nas hidroelétricas não é preciso pagar pela chuva e, a partir de uma grande queda de água, a turbina é movimentada e a energia é produzida. Já na termoelétricas, a energia é provida a partir da queima de algo. Carvão ou óleo, por exemplo, que tem um custo, seja de compra, transporte e o processo de queimá-lo”.

Em 2020, o consumo per capita na Região Sudeste foi de 2.609 kWh, segundo informações da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão federal responsável pelo planejamento da oferta no país. Portanto, a conta prática para saber quanto o brasileiro vai ter de gasto a mais é simples. A cada 100kWh de energia a conta vai ter mais 6,243 reais. Por 12 meses com a bandeira vermelha o brasileiro irá ter um gasto adicional de 162,88 reais.

“Além do maior custo, a produção dessa energia também é prejudicial ao meio ambiente. A queima pode lançar na atmosfera grandes quantidades de poluentes, além de ser um combustível fóssil irrecuperável”, explica Alvim. “Por isso também é importante ter consciência no consumo”.

Para usar a energia conscientemente, de modo que ajude o meio ambiente, e ainda ajude na economia da conta de luz, o coordenador da Anhanguera elenca 10 dicas:

  • Entender a potência do aparelho – Algumas pessoas compram aparelhos ou equipamentos por impulso ou por recomendação do vendedor. Elas têm em casa a melhor fritadeira elétrica, a chapinha mais quente, o chuveiro com maior vazão, por exemplo, mas muitas vezes essa potência toda não se justifica. Entenda e dimensione sua potência para o uso adequado, para não gastar muita energia com a finalidade de fazer o aparelho funcionar.

  • Geladeira e fogão próximos não combinam – Esses dois equipamentos próximos podem interferir no consumo de energia um do outro, devido às diferenças de temperatura. Um exige mais “força” do outro e o consumo aumenta sem necessidade. Procure posicioná-los em locais distantes para garantir o funcionamento adequado.

  • Mantenha o filtro do ar-condicionado limpo – Durante o dia, procure usar o ar-condicionado em apenas um cômodo da casa. Assim, todos podem estar juntos e se refrescarem. Mas tenha sempre o filtro do ar-condicionado limpo, isso evita que o temporizador seja acionado várias vezes para manter a temperatura.

  • Prefira os ventiladores – Eles são mais econômicos. O ventilador pode consumir até 80% a menos em potência (watts) do que um ar-condicionado de 7.500 BTUs ou 2.197 watts. Se possível, dê preferência a esse equipamento, apesar das novas tecnologias.

  • Mantenha a geladeira fechada – Procure ser rápido e preciso na utilização na escolha dos alimentos armazenados na geladeira. Parece básico, mas muita gente ainda abre a porta e ficam observando por minutos, desnecessariamente. Neste período todo em que a geladeira fica aberta, o ar gelado que mantém a temperatura adequada acaba saindo. Então, os sensores indicam que precisa ligar o motor para gelar tudo de novo. Se não vai tirar nada, mantenha geladeira fechada.

  • Verifique as borrachas da porta da geladeira – Em algumas residências, a geladeira é o aparelho doméstico que tem o custo mais alto de utilização, por isso mais uma dica: verifique a borracha de vedação da porta da geladeira. Essas borrachas em estado ruim fazem o motor ligar mais vezes para manter a temperatura e o consumo pode representar até 30% da conta de energia.

  • Dê preferência por aparelhos certificados PROCEL – Até algumas marcas de carros já possuem o selo PROCEL (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), os que possuem a categorização por letras. Os selos com classificação “A”, são considerados mais eficientes, ajudam o meio-ambiente e o bolso do consumidor.

  • Não demore no chuveiro – Se vai demorar no banho, escolha um chuveiro de potência menor.

  • Evite “gambiarras” elétricas – Avalie se as ligações dos eletrodomésticos estão corretas e se o fio não está derretendo. Se um fio está esquentando, ele consome energia. Não ligue 2, 3 ou 4 aparelhos em um T na mesma tomada, isso também produz efeito joule (quando a energia elétrica se transforma em energia térmica, ou seja, calor), consome energia e aumenta a possibilidade de incêndios.

  • Evite Stand-by – Os aparelhos, quando ficam em stand-by, também consomem energia. Essa ação pode representar até 12% do consumo total do aparelho. Se não usa o aparelho com tanta frequência, tire-o da tomada e o gasto de energia cairá.

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