Vereadores de Osasco recebem mães de crianças com deficiência para ampliação de debates e ações

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Na manhã desta terça-feira (22), os vereadores da Câmara Municipal de Osasco receberam um grupo de mães de crianças com deficiência. Elas procuraram o Legislativo para apresentar demandas de serviços públicos que podem beneficiar a qualidade de vida das famílias. O presidente da Câmara, Ribamar Silva (PSD), convocou os vereadores para que todos participassem da reunião para que os parlamentares pudessem compreender os problemas enfrentados pelas mães.

“Essa é a Casa do povo e com certeza é a casa de vocês. É direito de vocês estarem aqui e cobrarem ações. Nós estamos aqui para atendê-las e precisamos compreender as dificuldades que vocês enfrentam”, comentou Ribamar Silva.

A advogada Fabiana Grosso falou em nome do grupo e afirmou que as mães têm conversado também com o Executivo, buscando ações em conjunto para que as políticas públicas que beneficiam as pessoas com deficiência sejam, efetivamente, executadas. “Queremos ter um relacionamento mais próximo com o Executivo, pois queremos construir caminhos para ampliar as políticas públicas para os deficientes”, esclareceu Fabiana.

Segundo a advogada, Osasco está longe de atender razoavelmente a demanda dos deficientes. “Nosso município foi construído sem considerar o pertencimento das pessoas com deficiências. Precisamos da ajuda de vocês para fiscalizar e buscar soluções. Queremos formar alianças fortes com Executivo e Legislativo para fortalecemos as políticas públicas para essa população”, pediu Fabiana Grosso.

Ribamar Silva esclareceu que a Câmara Municipal está aberta ao diálogo e quer participar mais ativamente na construção dessas políticas públicas. “Sabemos que a demanda de vocês é grande e que a luta é árdua. Nós não executamos, mas nosso papel é elaborar projetos e, principalmente, fiscalizar a execução dos serviços que são oferecidos. Precisamos, sim, discutir todas as políticas públicas que beneficiem a população”, frisou o presidente.

Doutoranda em Ciência, Luciene Assaf de Matos, que tem um filho com Síndrome de Down, alertou os parlamentares sobre a necessidade de iniciar o tratamento para as crianças ainda na primeira infância. “Quando a criança nasce, já há um desenho das terapias que ela precisa ser submetida. Mas o Sistema Único de Saúde (SUS) não atende a essa demanda. Precisamos pensar macro, porque as ações realizadas nos primeiros anos transformam vidas. Daqui a 20 anos, se atendidas precocemente, essas crianças serão adultos aptos, inclusive, para o mercado de trabalho”, afirmou Luciene, esclarecendo por que é importante o tratamento precoce em frente ampla.

Presidente da Comissão Permanente do Idoso, Aposentado, Pensionista e Pessoa com Deficiência, o vereador Josias da Juco (PSD) esclareceu que as pautas relativas às políticas públicas para pessoas com deficiência são constantes e que não se limitam apenas a uma comissão.

“O assunto é muito amplo e não se limita apenas a uma Comissão, mas podemos unir as pautas em reuniões especiais, porque assim unificamos os debates e encaminhamentos das pautas”, comentou o parlamentar, que sugeriu que o calendário com as pautas representativas do tema possa ser dividido com o grupo de mães.

Emerson Osasco (Rede) esclareceu que os parlamentares não são apáticos à dor e à luta das mães. “Também procuramos conversar com secretários, com o Executivo em busca de soluções para melhorar a situação que vocês enfrentam. Mas, o que falta muitas vezes e o real entendimento das demandas. Tenho certeza de que tudo o que vocês apontaram aqui será analisado e pautado”, disse o vereador.

Segundo Batista Comunidade (Avante), os debates que tinham sido paralisados com a pandemia precisam voltar a pauta. “Precisamos retomar a demanda e encerrar o jogo de empurra-empurra. Se focarmos no assunto, tenho certeza de que as pautas serão encaminhadas adequadamente”, afirmou o vereador.

Ex-secretária de Educação, Ana Paula Rossi (PL) declarou que a luta pela inclusão é antiga, mas que muitas das pautas não saíram do papel. Esclareceu que, muitas vezes, a Secretaria de Educação enfrenta entraves para ampliar o atendimento. “Em parceria com o CIEE, a Educação abriu vaga para estagiários de pedagogia para atender essa demanda para crianças com deficiência junto a pessoas qualificadas. Mas, infelizmente, não encontramos muitos interessados”, explicou. A parlamentar também citou que os avanços são lentos. “Temos o debate, estamos sempre discutindo as mesmas pautas, mas avançamos muito lentamente. Contudo, todos aqui tem o compromisso de fazer as pautas e ações avançarem”.

Para que elas avancem efetivamente, o vereador Rogério Santos (PL) sugeriu que as comissões e a sociedade se unam. “União é o ponto central, pois temos muitas ações isoladas e elas precisam conversar. O Plano Municipal Sem Limites precisa ser revisado e precisamos cobrar a participação de toda a sociedade. É necessário unirmos as entidades e pautas com o Fórum Permanente com a Comissão Permanente”, afirmou.

Ribamar Silva encerrou o encontro, dizendo: “Vamos nos reunir na semana seguinte ao feriado de Carnaval e já teremos encaminhamentos definidos”.

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