Você conhece o PLANMOB?

Colunistas Oscar Buturi

Embora a vida sistematicamente nos apresente surpresas de todo tipo, é bem verdade que ela também é feita de planos. Isso quando possível, claro! Porque as dificuldades, especialmente financeiras, têm sido o principal obstáculo para que a maioria da população se organize minimamente. Quando se “vende o almoço pra comprar a janta”, o papo de planejamento pessoal ou familiar, por exemplo, está fora de questão. No entanto, quando o cenário permite, o planejamento é necessário, recomendável e, em muitos casos, obrigatório. O s planos podem virar projetos que, por sua vez, têm o potencial de se transformarem em realidade com iniciativas nas mais diversas áreas. Ainda que o façamos inconscientemente, planejamos os estudos, a carreira profissional, o casamento, a aquisição de um bem, uma viagem especial, a geração e criação de filhos, etc. Do mesmo modo como um indivíduo se programa, assim como uma família, uma pequena entidade ou uma grande corporação, também deve se organizar o município com os mais diversos planos setoriais. A elaboração e definição de diretrizes que orientem o desenvolvimento de qualquer setor, é o mínimo que se espera do poder público. Vejamos o caso da mobilidade urbana como exemplo. O PLANMOB é o Plano Municipal de Mobilidade Urbana de Osasco, elaborado por técnicos e gestores da prefeitura, com a participação direta de membros da sociedade civil. Sancionado pela Lei Nº 4.765/2016, orienta as ações da prefeitura nas políticas públicas de mobilidade urbana pelos dez anos seguintes à sua aprovação. A peça tem como uma de suas principais propostas que a cidade seja voltada para as pessoas. Que a mobilidade deixe de ser vista como um problema apenas de deslocamento e sirva como elemento de conexão e desenvolvimento urbano. Alinhado à Política Nacional de Mobilidade Urbana, promove uma mudança nas prioridades ao privilegiar as pessoas em vez dos automóveis, o transporte público e coletivo em vez do individual, bem como os transportes não motorizados – pedestres e bicicletas. A existência de planos setoriais não é garantia de implementação de suas propostas, mas um passo importante para os avanços coletivos. Conhecer os planos municipais é imprescindível para se cobrar as autoridades e monitorar sua implantação. Procure saber mais acerca dos planos com que você tem maior afinidade, como saúde, educação, assistência social, esporte, meio ambiente, etc. E, se possível, participe também dos processos para sua elaboração.

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