Xô, bactéria!

Colunistas Oscar Buturi

Você já teve a desagradável experiência de utilizar um carrinho ou cesta de supermercado em péssimas condições de higiene? Pois é, o pior é que esse tipo de situação é mais recorrente que gostaríamos ou imaginamos. Passados de mão em mão, mal armazenados e raramente higienizados, os carrinhos (e cestas) de supermercados são verdadeiros depósitos de germes e bactérias, que podem provocar diarreia, gripe e conjuntivite, dentre outras infecções.

O que não faltam são pesquisas que comprovam esses riscos. Pasmem, alguns estudos concluíram que o carrinho de compras pode ter mais bactérias que o assento de um vaso sanitário! E nos casos de pessoas com o sistema imunológico fragilizado, essas bactérias podem gerar problemas ainda mais graves, segundo especialistas. Mas a realidade não devia ser assim. Desconhecida da maioria, a legislação brasileira determina que os equipamentos e utensílios utilizados no fornecimento de produtos ou serviços, ou colocados à disposição do consumidor, devem ser higienizados pelo fornecedor. É o que estabelece a Lei nº 13.486/2017, que acrescentou um dispositivo ao Código de Defesa do Consumidor. Ela, no entanto, não informa como deve ser realizada essa higienização, os agentes a serem utilizados e sua frequência.

Importante compreender que os utensílios e equipamentos colocados à disposição do consumidor são parte integrante do serviço prestado pelo mercado, padaria, açougue, sacolão, atacadista, etc. Novamente temos aqui a imposição do óbvio, uma vez que tal procedimento não precisaria constar em lei; no máximo, uma Instrução Normativa. É intrigante e irritante perceber como tal negligência pode ser mais comum na periferia do que em regiões nobres e centrais. Seus proprietários e/ou responsáveis ignoram que a informação e conhecimento estão cada vez mais disponíveis e disseminados, e a população consequentemente mais exigente. Portanto, caro leitor, abra seus olhos!

Ao encontrar esse tipo de irregularidade, você deve acionar os órgãos de controle, como Vigilância Sanitária (VISA) ou Procon de sua cidade.

Uma alternativa mais amigável é avisar à direção do estabelecimento para tomar providências e corrigir as anormalidades. Xô, bactéria!

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