A importância da impermeabilização

Geral

A impermeabilização na construção civil tem como objetivo impedir a passagem indesejável de águas, fluídos e vapores, podendo contê-los ou dirigi-los para o local que se deseja.

A impermeabilização além de permitir a habitabilidade e funcionalidade da construção civil, é relevada no objetivo de proteger a edificação de inúmeros problemas patológicos que poderão surgir com infiltração de água, integradas ao oxigênio e outros componentes agressivos da atmosfera (gases poluentes, chuva ácida, ozônio).

Têm-se verificado com frequência que a impermeabilização não é analisada com a devida importância por parte de alguns engenheiros, construtores, arquitetos, projetistas e impermeabilizadores. Como consequência, a infiltração de água acarreta uma série de consequências patológicas como corrosão de armaduras, eflorescência, degradação do concreto e argamassa, empolamento e bolhas em tintas, curtos-circuitos etc., gerando altos custos de manutenção e recuperação.

A infiltração de água é considerada um dos problemas mais frequentes nas edificações, podendo ocorrer de diversas maneiras e causando várias manifestações patológicas para edificação bem como sérios problemas a saúde dos moradores.

Os problemas associados à impermeabilização podem ser encontrados e eliminados ao se planejar logo no primeiro estágio da obra, ou seja, na concepção do projeto e compatibilizado com outros projetos.

O item 10.1 da NBR 15.575 cita “A exposição à água de chuva, à umidade proveniente do solo e aquela proveniente do uso da edificação habitacional devem ser consideradas em projeto. Também cita que a água é o principal agente de degradação de um amplo grupo de materiais de construção.

Pata tanto, a NBR 15575:2013 estabelece que o projeto deve especificar o valor teórico da VUP- Vida Útil de Projeto para os sistemas de impermeabilização, segundo a tabela.

O controle adequado da umidade em uma edificação habitacional ou sistema é a chave para o controle de muitas manifestações patológicas que abreviam sua vida útil, reduzindo seu valor de uso e de troca de uma habitação.
A seguir nos itens abaixo da NBR 15575:2013 parte 1:
10.2 Requisito – Estanqueidade a fontes de umidade externas à edificação: Assegurar estanqueidade às fontes de umidades externas ao sistema.
1.2.1 Critério – Estanqueidade à água de chuva e à umidade do solo e do lençol freático: Atendimento aos requisitos especificados nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 15575-5.
10.2.2 Método de avaliação: Análise do projeto e métodos de ensaio especificados nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 15575-5.
10.2.3 devem ser previstos nos projetos a prevenção de infiltração da água de chuva e da umidade do solo nas habitações,
10.3 Requisito – Estanqueidade a fontes de umidade internas à edificação: Assegurar a estanqueidade à água utilizada na operação e manutenção do imóvel em condições normais de uso.
0.3.1 Critério – Estanqueidade à água utilizada na operação, uso e manutenção do imóvel: Devem ser previstos no projeto detalhes que assegurem a estanqueidade de partes do edifício que tenham a possibilidade de ficar em contato com a água gerada na ocupação ou manutenção do imóvel, devendo ser verificada a adequação das vinculações entre instalações de água, esgotos ou águas pluviais e estrutura, pisos e paredes, de forma que as tubulações não venham a ser rompidas ou desencaixadas por deformações impostas.
A exigência de estanqueidade à água engloba a umidade ascendente, percolação de umidade entre os ambientes internos e infiltrações de água de chuva, sendo que esta exigência a estanqueidade está relacionada aos sistemas de impermeabilização que deve atender a Norma NBR 9575:2010 – Impermeabilização – Seleção e projeto e da NBR 9574:2009 – Execução da Impermeabilização.
Para entendimento das exigências quanto à distinção entre áreas molhadas e áreas molháveis a NBR 15575-3 – Termos e Definições definem:
• Áreas molhadas: Área cuja condição de uso e exposição pode resultar na formação d’água pelo uso normal a que o ambiente se destina (por exemplo, banheiro com chuveiro, área de serviço e área descoberta).
• Áreas molháveis: Áreas da edificação que recebem respingos de água decorrente da sua condição de uso e exposição e que não resulte na formação de lâmina d’água pelo uso normal a que o ambiente se destina (por exemplo, banheiro sem chuveiro, lavabo, cozinha e sacada coberta).
O desempenho adequado da impermeabilização é obtido com a interação de vários componentes, diretamente relacionados entre si, pois a falha de um deles pode prejudicar o desempenho e a durabilidade da impermeabilização. Os principais componentes são:
a) Projeto de impermeabilização
b) Qualidade de materiais e sistemas de impermeabilização
c) Qualidade da execução da impermeabilização
d) Qualidade da construção da edificação
e) Fiscalização
f) Preservação da Impermeabilização
Deve-se impedir que a impermeabilização aplicada, seja danificada por terceiros, ainda que involuntariamente, por ocasião da colocação de pregos, luminárias, para-raios, antenas coletivas, equipamentos de playground, pisos e revestimentos, entre outros.
Considerar, como precaução, a possibilidade de ocorrência de tais problemas quando da execução do projeto. Caso isso não seja possível, providenciar a compatibilização em época oportuna, evitando escolher as soluções paliativas.

Lembrete: Para serviços técnicos, contrate sempre um profissional habilitado e exija a emissão da ART – Anotação de Responsabilidade Técnica.

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