Após dengue no Mundial do Japão, Djefini de Barueri diz não à Copa do Mundo

Colunistas Esportes Márcio Silvio

Por enquanto o Japão confirma a Copa do Mundo de Karatê em Tóquio. Acontece que há riscos importantes de o evento ser cancelado em maio, já que os próprios Jogos Olímpicos estão ameaçados. Mas enquanto isso segue em discussão, atletas do mundo todo continuam naquele treino feroz porque trata-se de um torneio de valor extremo do karatê. Principal nome da categoria feminina no Brasil, Djefini Carvalho esteve em novembro no Japão. A faixa-preta de Barueri competiu pela quarta vez no Mundial de Tóquio e foi com status absolutamente incrível, decacampeã sul-americana.
Do karatê Shinkyokushinkai, ela partiu com outros cinco competidores no Mundial, delegação sob comando técnico da mestra Dulce Nakao. Aos 31 anos, a sensei Djefini foi para o primeiro combate e contra a japonesa Kokona Nomura, 19 anos. Mas diferença de idade não seria problema para Djefini, caso estivesse em situação normal – a sensei viajou para o Japão sob censura médica porque estava com dengue. Isso mesmo, foram semanas de treinos sofridos e com a faixa-preta resistindo os efeitos da doença até o embarque e durante toda viagem.
Mesmo assim ela foi para o dojo no Mundial do Japão e encarou a adversária no mano a mano. Lutou na base da valentia mas muito prejudicada pela doença, tanto que ao deixar a área de combate a sensei foi direto para o hospital e numa situação importante – dengue hemorrágica. “Quase perdemos nossa menina”, observou o mestre Denivaldo Carvalho, pai da atleta. A experiência foi dramática para a sensei que ainda segue em tratamento. Ela voltaria para o Japão em maio mas decidiu abrir mão e não vai disputar a Copa do Mundo – agora é dar prioridade à voz médica. “Conversamos sobre isso e é a melhor decisão”, disse o mestre Denivaldo..
. (M.S.)

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