O time de Osasco foi o último classificado às oitavas da série A-3, logo, pegou o primeiro colocado da competição, o Velo Clube. No primeiro um empate sem gols em casa, mas o Audax foi em Rio Claro e desbancou o favorito e venceu por 2 a 0.
A história da Série A3 do Campeonato Paulista 2019 está nos capítulos finais. A penúltima fase reúne os quatro melhores entre os 16 que iniciaram a temporada em 19 de janeiro. Domingo agora tem a primeira rodada da semifinal e no dia 27 os times realizam a partida de volta. Os dois classificados disputam o título e comemoram acesso à Série A2 de 2020.
Dos quatro semifinalistas, dois já estiveram na elite estadual: o Atlético Monte Azul guindou da 2ª divisão em 2004 para o Paulistão de 2010, de onde cairia de volta à A3; o Audax vem da 2ª divisão de 2008 e quando era Pão de Açúcar Esporte Clube, galgando acessos seguidos até 2013, ano do acesso à Série A1; mas a exemplo do Monte Azul, tombaria de volta à A3.
Os outros dois semifinalistas de agora são Barretos, antigão da Série A3 com várias temporadas e, claro, sonhando com o retorno à A2 de onde caiu em 2017; o Desportivo Brasil é de Porto Feliz, subiu para a A3 em 2016 e agora está na praia de acesso inédito,
Desses quatro, o Audax tem destaque pela campanha feroz no Paulistão 2016 ao chegar à disputa do título contra o Santos. O vice-campeonato estadual colocou o clube de Osasco na vitrine brasileira mas, ao mesmo tempo, fica na contramão do futebol mostrado pelo Audax após aquela grande final.
Mas há outro porém nessa história do Audax, história que tem três capítulos. O primeiro começa com o lançamento do Pão de Açúcar Esporte Clube em 8 de dezembro de 1985 pelo empresário Abílio Diniz; o segundo capítulo começa em 17 de junho de 2011 quando o Paec muda de nome a partir de fusão com o Sendas, ação que resultou no Audax; por fim, o terceiro capítulo marca a entrada de Osasco nessa história, quando o Grêmio Esportivo Osasco compra o Audax em 22 de setembro de 2013.
Quando dessa compra, o clube osasquense também comprava o acesso ao Paulistão porque aquele Audax de São Paulo subira para a elite. Estrearia como Osasco em 2014, ficando em 11º lugar; no ano seguinte fez um campanha melhor e terminou em 9º; então vem o Paulistão 2016 e o Audax surpreende ao chegar à final contra o Santos.
Caindo em sequência até a A3 deste ano, fez uma 1ª fase irregular, mas conseguiu se classificar às quartas de final; enfrentando o invicto Velo Clube de Rio Claro, empate sem gols no Rochdalão de Osasco e uma vitória espetacular na casa do adversário, 2 a 0 e com um jogador a menos.
Agora o Audax está nas semifinais e num jogo de superação histórica, construindo resultado a resultado, como que resgatando aquele brio do Paec e daquele Audax do 1º acesso; os rapazes de agora buscam um acesso original por Osasco, um passo com chuteiras raçudas, primeiro degrau que aponta para a elite.